Técnica foi usada para tratar paciente que sofre da síndrome de Klippel-Trenaunay
Redação Publicado em 07/06/2022, às 00h00 - Atualizado às 15h03
Um grupo de médicos brasileiros realizou o primeiro procedimento no mundo de controle da dor em uma criança. A técnica foi aplicada no dia 27 de maio em um paciente de 8 anos no Hospital Santa Catarina, em São Paulo.
O episódio representa um avanço no mundo da medicina no país, pois a intervenção não foi utilizada em crianças. Mas desta vez, o método se mostrou uma opção no caso de um paciente que sofre da síndrome de Klippel-Trenaunay.
Com raros índices de ocorrência, a doença consiste na presença de tríada, com manchas na pele, dilatações venosas, hipertrofia óssea e de tecidos moles.
Na maioria dos casos, o problema se manifesta desde o nascimento, de acordo com um levantamento do Centro de Coloproctologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Já cerca de 75% dos pacientes apresentam lesões antes dos 10 anos de idade.
Procedimento contou com o uso de ultrassom e endoscopia em paciente. E foi liderado pela Dra. Danielle Cadide / Imagem: Divulgação
Para o tratamento de uma criança na capital paulista, a Dra. Danielle Mazetto Cadide e o Dr. Cristiano Dutra, que lideraram o procedimento, utilizaram um ultrassom associado à uma endoscopia, que estão inseridos em um mesmo dispositivo, que foi lançado na França em 2021.
O recurso permite que os médicos tenham uma visão mais ampla e direta sobre o que se passa em determinados órgãos do paciente, como estômago, duodeno e outros componentes do sistema digestivo, semelhante à aplicação tradicional de endoscopia, mas desta vez o especialista consegue enxergar a partir da ponta da agulha.
Este é o primeiro método no mundo para controle da dor em crianças guiado pela técnica baseada no ultrassom e na endoscopia.
Especialista em dor pediátrica, a Dra. Danielle Cadide foi selecionada para o tratamento da criança com síndrome de Klippel-Trenaunay. A médica anestesiologista conta com uma vasta experiência e bagagem científica em diversas intervenções para mitigar a agonia de pacientes.
Ela também integra um seleto grupo de médicos, cujos trabalhos são focados no estudo e tratamento da dor pediátrica no país.
A criança portadora da doença sofre com dor crônica e refratária há 4 anos e desde o surgimento dos primeiros sintomas que recebe tratamentos convencionais.
Método para controle da dor se baseou em um dispositivo com micro endoscopia e ultrassom / Imagem: Divulgação
Após analisar e estudar o caso, a Dra. Danielle optou por uma abordagem intervencionista sobre as aflições do paciente, por meio do bloqueio álgico – obstrução de um nervo periférico para controlar a sensibilidade dolorosa, uma das técnicas de anestesia mais comuns – através do ultrassom com micro-endoscopia na região lombar.
O procedimento durou uma hora e após 24 horas de repouso, a criança teve alta com remissão completa da dor.
Segundo a médica, a dor crônica na infância é uma preocupação significativa de saúde pública com taxas de ocorrência de 11% a 38%. O método de intervenção na dor nos menores tem como função atenuar o tempo de internação intra-hospitalar, reduzir infecções e complicações causadas pela internação prolongada, além de promover melhores manejos no tratamento e controlar a cronificação do transtorno.
O esforço também contribui para a diminuição do uso de opioide (químicos que agem sobre receptores opioides, com efeitos similares aos da morfina, por exemplo) e para acelerar a reabilitação do paciente.
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