Os chefes dos três países se encontram nesta segunda-feira (9) na Cidade do México
Vitória Tedeschi Publicado em 09/01/2023, às 19h07
O primeiro-ministro do Canadá e os presidentes do México e dos Estados Unidos divulgaram nesta segunda-feira (9) uma carta conjunta condenando os ataques realizados no último domingo, dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Joe Biden (EUA), Andrés Manuel López Obrador (México) e Justin Trudeau (Canadá) disseram que "apoiam o livre arbítrio do povo brasileiro".
Canadá, México e Estados Unidos condenam os ataques de 8 de janeiro à democracia brasileira e à transferência pacífica do poder. Apoiamos o Brasil na salvaguarda de suas instituições democráticas. Nossos governos apoiam o livre arbítrio do povo brasileiro. Esperamos em breve trabalhar com o Presidente Lula em prol de nossos países, do Hemisfério Ocidental e além", afirma o comunicado.
Os três líderes se encontram nesta segunda-feira (9) na Cidade do México na Cúpula dos Líderes da América do Norte e os ataques no Brasil foram pauta da conversa.
No entanto, mesmo antes do encontro, ainda no último domingo (8), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já havia publicado em seu perfil no Twitter que "condena o atentado à democracia e à transferência pacífica do poder no Brasil".
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, também se manifestou, no mesmo dia, em apoio ao presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Lula não está sozinho, conta com o apoio das forças progressistas do seu país, do México, do continente americano e do mundo", disse em publicação no Twitter
Por fim, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, não ficou de fora e também afirmou em seu Twitter que "o Canadá condena veementemente o comportamento violento em exibição", e aproveitou para reafirmar seu apoio ao presidente Lula.
No último domingo (8), um enorme grupo de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que marchava pela Esplanada dos Ministérios, entraram em confronto com a polícia e invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do Supremo Tribunal Federal, em Brasília.
Ao som de gritos e medidas agressivas, o intuito é manifestar-se contra o presidente Lula Inácio (PT). Na tentativa de conter o caos instalado, a polícia utilizou bombas de efeito moral e spray de pimenta, mas não obtiveram sucesso para parar os bolsonaristas.
Ao conseguirem subir a rampa do Palácio do Planato, um vídeo gravado mostra os manifestantes quebrando os vidros do edifício, além de jogarem pedras e derrubarem cadeiras, causando estragos no local em meio à fumaça de gás.
Após a invasão, os manifestantes, ainda utilizando pedaços de madeira e pedra, destruindo também o plenário do STF quando chegaram ao segundo andar do edifício. Cadeiras, câmeras e janelas estão deformados, deixando o local completamente demolido.