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Relator da CPI da Pandemia apresenta plano de trabalho

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, senador Renan Calheiros (MDB-AL), apresentou hoje (29), em coletiva de imprensa, o plano de

Relator da CPI da Pandemia apresenta plano de trabalho
Relator da CPI da Pandemia apresenta plano de trabalho

Redação Publicado em 30/04/2021, às 00h00 - Atualizado às 09h42


Plano será um ponto de partida, diz Calheiros

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, senador Renan Calheiros (MDB-AL), apresentou hoje (29), em coletiva de imprensa, o plano de trabalho do colegiado. O documento, segundo o próprio relator, não pretende delimitar a atuação da comissão. Serão os requerimentos aprovados no colegiado que vão dar os rumos às investigações.Relator da CPI da Pandemia apresenta plano de trabalhoRelator da CPI da Pandemia apresenta plano de trabalho

“Este plano de trabalho não pretende apontar aonde chegaremos com a apuração. Ele é um ponto de partida, uma linha inicial de investigação, que, naturalmente, será incrementada e enriquecida pelos depoimentos, perícias, estudos e documentos oficiais que serão reunidos ao longo do trabalho dessa CPI”, afirma Calheiros em um trecho do documento.

De acordo com o documento, os senadores vão apurar “se as autoridades de saúde agiram ou não de maneira imprudente ou sem a devida técnica, se foram ou não omissas, se deixaram ou não de efetuar planos de contingência ou se agiram ou não com a antecedência necessária, de forma planejada e integrada”.

Já estão marcados os depoimentos dos ex-ministros da saúde do governo de Jair Bolsonaro. Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich serão os primeiros a serem ouvidos pela comissão, já na próxima terça-feira (4). Os depoimentos foram aprovados na reunião do colegiado hoje (29).

Na quarta-feira (5), o dia será dedicado ao ex-ministro da pasta Eduardo Pazuello; na quinta-feira (6) será a vez do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e do diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, prestarem esclarecimentos à comissão.

Outra prioridade dos senadores é ouvir a farmacêutica Pfizer sobre a recusa do governo federal, em agosto de 2020, para a compra de um lote de 70 milhões de doses, que seriam entregues em dezembro de 2020. Ambos os requerimentos serão colocados em votação na terça-feira.

Investigação de repasses federais

Calheiros e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da comissão, esclareceram que a CPI não investigará a forma com que os gestores estaduais e municipais estão gastando os recursos federais destinados a combater a pandemia. Ao colegiado caberá apenas esclarecer como foram feitos os repasses pelo governo federal. De acordo com Randolfe Rodrigues, o plano de trabalho atende o disposto no despacho do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (Democratas-MG), que determinou os limites de investigação da CPI.

“O relator procurou construir um relatório leal ao despacho. Não podemos ir um dedo além disso. Tem que checar os repasses e os critérios de repasses”, disse. “Aprovamos [no Congresso] um plano de ajuda a estados e municípios no auge da pandemia. Tem um relatório do Tribunal de Contas da União que traz informações sobre estados e municípios que receberam a menos esses repasses”, explicou.

Além disso, a possibilidade de criar sub-relatorias durante os trabalhos está ficando mais distante. A questão chegou a ser considerada na primeira reunião da comissão, mas o tom já mudou nas declarações do relator e do vice-presidente da comissão durante a coletiva. A tendência é que Calheiros seja responsável por todo o relatório produzido no colegiado.

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Agência Brasil

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