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Insegurança alimentar atinge uma a cada dez famílias no Brasil, revela IBGE

Dados recentes apontam para a preocupante realidade de milhões de brasileiros que enfrentam dificuldades de acesso regular a alimentos

Mais de 20 milhões de brasileiros convivem com o problema - Imagem: reprodução / Freepik
Mais de 20 milhões de brasileiros convivem com o problema - Imagem: reprodução / Freepik

Vitória Tedeschi Publicado em 25/04/2024, às 13h26


No último trimestre de 2023, a insegurança alimentar afetava 7,4 milhões de famílias brasileiras, representando 9,4% do total de lares no país, assim como revelado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (25).

De acordo com a Agência Brasil, essas famílias, que convivem com a redução na quantidade de alimentos consumidos ou com a ruptura em seus padrões de alimentação, abrigam aproximadamente 20,6 milhões de pessoas, conforme apontado pela metodologia da pesquisa.

O questionário aplicado pela pesquisa investiga a situação alimentar do domicílio nos 90 dias anteriores à entrevista e classifica os lares em quatro níveis, de acordo com a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. O grau de segurança alimentar indica acesso regular e permanente a alimentos de qualidade em quantidade suficiente.

De acordo com os dados do IBGE, cerca de 56,7 milhões de famílias brasileiras, reunindo 152 milhões de pessoas, desfrutam desse nível de segurança alimentar.

Por outro lado, a insegurança alimentar leve afeta 14,3 milhões de famílias, representando 43,6 milhões de pessoas, caracterizando-se pela preocupação ou incerteza em relação aos alimentos no futuro, bem como pelo consumo de comida com qualidade inadequada.

A insegurança alimentar moderada atinge 4,2 milhões de famílias, ou 11,9 milhões de pessoas, demonstrando uma redução quantitativa de alimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos.

Por fim, a situação mais severa é a insegurança alimentar grave, que afeta 3,2 milhões de famílias, compreendendo 8,7 milhões de pessoas. Nesse cenário, ocorre uma redução quantitativa de comida e ruptura nos padrões de alimentação entre todos os moradores, incluindo crianças.

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