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Após comer peixe, homem para em UTI ao desenvolver doença misteriosa e agressiva

Os médicos detalharam o problema e como os sintomas podem ser identificados

O caso ocorreu em um hospital em Recife (PE) - Imagem: Freepik
O caso ocorreu em um hospital em Recife (PE) - Imagem: Freepik

Mateus Omena Publicado em 10/05/2023, às 11h44


Um homem de 58 anos está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde o fim de abril, após ter o diagnóstico confirmado de Síndrome de Haff, conhecida popularmente como "doença da urina preta".

O paciente está mantido no Hospital dos Servidores do Estado, no Recife(PE), informou a TV Globo.

O homem, cuja identidade não foi revelada, foi socorrido, em 23 de abril, com sintomas da enfermidade após comer um peixe da espécie budião frito em óleo.

Quatro horas após a refeição, o paciente começou a apresentar os seguintes sintomas:

  • Urina escurecida;
  • Rigidez muscular;
  • Inchaço e dormência nas pernas;
  • Elevação da enzima CPK (o que indica contração rápida dos músculos);
  • Hiperemia de tonsilas (aumento de vermelhidão).

Ele comeu o peixe junto com três vizinhos, mas ele foi o único que apresentou sintomas da "doença da urina preta". A notificação da suspeita de Síndrome de Haff foi registrada pela Secretaria de Saúde do Recife, após o paciente ser internado no Hospital dos Servidores do Estado;

O diagnóstico foi "firmado de acordo com o quadro clínico e laboratorial apresentado", esclareceu o hospital em boletim médico do paciente divulgado na última terça-feira (9).

Segundo o texto, o indivíduo continua internado na UTI, ainda realizando hemodiálise e recebendo suporte com ventilação mecânica. Mas, o estado de saúde é grave, no entanto se mantém estável.

Os médicos também informaram que o paciente tem "histórico de hipertensão e outros fatores de risco associados".

Sobre o caso dele, a Prefeitura do Recife também afirmou que: "As secretarias de Saúde do município, do Estado e o Ministério da Saúde, além de especialistas, permanecem em discussão e investigação sobre o caso, assim como monitoram o quadro do paciente".

"Somente com a finalização de todas as etapas da investigação epidemiológica, poderá haver uma definição por parte das autoridades sanitárias envolvidas".

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