A filha da vítima descobriu todo caso de violência após uma denúncia anônima
Vitória Tedeschi Publicado em 08/12/2022, às 18h02
Na manhã da última quarta-feira (7), a filha de uma idosa de 73 anos, internada no Hospital Azambuja em Brusque, recebeu uma denúncia anônima de que sua mãe tinha sido agredida dentro da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
De acordo com o relato, a vítima, que tem Alzheimer e demência, levou um soco no rosto e teve papéis colocados na boca para ser silenciada.
A filha mora em Canelinha, na Grande Florianópolis, e recebeu informações de que a mãe havia sido agredida, diante disso, ela pediu licença do trabalho e foi até o hospital para se certificar que a mãe estava bem.
No entanto, para ter acesso a mãe foi preciso acionar a Polícia Militar: "Eu pedi para subir, porque eu queria ver a minha mãe. Diante do que eu tinha ouvido, eu queria ter a certeza de que não tinha acontecido nada e ela me negou", conta.
Na ocasião, a diretora teria alegado que não houve agressão e que não era horário de visita, por isso não poderia permitir a entrada da mulher. Foi quando a filha decidiu acionar a Polícia Militar. Com o apoio policial ela pode ir ao quarto da mãe e constatar as agressões.
"Ela estava com um roxo na testa, ela operou a cabeça e foi bem próximo do local da cirurgia dela, e o lábio e a língua dela estavam cortados". A filha tinha visto a mãe na última terça-feira (6), e ela não estava com os hematomas.
Como se não bastasse, o relato da mulher fica ainda mais chocante, assim ela chegou próximo à mãe após a agressão.
Assim que ela me viu ela perguntou ‘pegasse ele? pegasse ele?’, aí eu disse que eu não tinha pego, mas que eu ia pegar. Aí não consegui me conter e saí dali", conta.
Logo após sair do quarto, a filha foi abordada pelo médico responsável da UTI que confirmou as agressões. Ela conta que, conforme o relato dele e de enfermeiras, um enfermeiro começou a agredir a idosa que estava em crise e gritava. Foi necessário um outro profissional intervir e tirar o agressor do local.
A DPCAMI (Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso) de Brusque, no Vale do Itajaí, investiga junto à Polícia Civil as denúncias de agressão.
"Ele provavelmente vai ser preso porque ela era vulnerável, estava internada na UTI em estado grave. Com certeza o hospital também será responsabilizado", finalizou a filha.
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