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Economia

"Quando é do governo, não é de ninguém", diz Paulo Guedes sobre praias brasileiras

O ministro de Economia participou do Flow Podcast nesta terça-feira (27)

Guedes comentou sobre privilégios da Direita e sobre venda de praias - Imagem: reprodução Instagram @paulo_guedes.oficial
Guedes comentou sobre privilégios da Direita e sobre venda de praias - Imagem: reprodução Instagram @paulo_guedes.oficial

Bianca Souza Publicado em 29/09/2022, às 10h13


Paulo Guedes, ministro da Economia, cedeu uma entrevista ao Flow Podcast nesta terça-feira (27). Durante a sua participação, Guedes defendeu a venda de praias, alegando que esses espaços públicos não são bem geridos pelo Governo.

O ministro revelou que há um grupo estrangeiro que já demonstra muito interesse na compra de uma praia no Brasil. "Por exemplo, tem um grupo de fora que quer comprar uma praia numa região importante do Brasil. Quer pagar US$ 1 bilhão. Aí você chega lá e pergunta: Vem cá, vamos fazer o leilão dessa praia?", questionou. "Não, não pode". "Por quê?". "Isso é da Marinha", comentou.

Paulo Guedes afirmou que, quando é patrimônio do Governo, não é de ninguém. "E quanto é que a gente recebe por isso aí?. A gente pinta lá o quartel deles uma vez por ano, lá, a gente pinta. Como é que pode um negócio desse? É mal gerido o 'troço', não é de ninguém. Quando é do governo, não é de ninguém", disse o ministro.

Pela Constituição Federal, é proíbida a venda de praias e o acesso franco da polução deve ser garantido. "Praias são bens públicos de uso comum do povo, sendo assegurado, sempre, livre e franco acesso a elas e ao mar, em qualquer direção e sentido, ressalvados os trechos considerados de interesse de segurança nacional ou incluídos em áreas protegidas por legislação específica".

Em outro momento do podcast, Guedes comentou: "A direita também é danada, gosta de um orçamentozinho para encostar lá e puxar favores e privilégios para eles mesmos", disse.

O "orçamento secreto" foi criado em 2020, fruto de um acordo entre o governo Jair Bolsonaro (PL) e o Congresso Nacional. Este orçamento prevê que uma boa parte das verbas federais sejam geridas por deputados e senadores.

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