O ministro do STF não vê justificativa para a continuidade da medida
Mateus Omena Publicado em 19/11/2022, às 21h02
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes votou, na última sexta-feira (18), a favor do fim da previsão de prisão especial antes de condenação definitiva para quem possui diploma de curso superior.
Em seu voto, Moraes classificou a medida como inconstitucional e que fere o princípio da isonomia, seguindo o entendimento da Procuradoria-Geral da República.
O órgão protocolou em 2015 uma ação na qual questiona a constitucionalidade desse benefício, previsto no Código de Processo Penal.
O ministro do STF, o relator, destacou não haver justificativa para manter um benefício que, para ele, transmite a ideia de que presos comuns não se tornaram pessoas dignas de tratamento especial por parte do Estado.
“A norma impugnada não protege uma categoria de pessoas fragilizadas e merecedoras de tutela, pelo contrário, ela favorece aqueles que já são favorecidos por sua posição socioeconômica”, anotou.
E acrescentou: “Embora a atual realidade brasileira já desautorize a associação entre bacharelado e prestígio político, fato é que a obtenção de título acadêmico ainda é algo inacessível para a maioria da população brasileira”.
Em sua decisão, o magistrado também enfatiza: “A extensão da prisão especial a essas pessoas caracteriza verdadeiro privilégio que, em última análise, materializa a desigualdade social e o viés seletivo do direito penal, e malfere preceito fundamental da Constituição que assegura a igualdade entre todos na lei e perante a lei”.
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