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PF pede reintegração de assessor de Tarcísio e cria mal-estar entre os governos

O pedido do Ministério da Justiça para que o agente Danilo Campetti retornasse à Polícia Federal levantou dúvidas e gerou desconforto entre o governador do Estado de São Paulo e o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva

PF pede reintegração de assessor de Tarcísio e cria mal-estar entre os governos - Imagem: Reprodução | Facebook
PF pede reintegração de assessor de Tarcísio e cria mal-estar entre os governos - Imagem: Reprodução | Facebook

Redação Publicado em 04/06/2023, às 11h48


Recentemente, surgiu uma controvérsia em torno do assessor especial do governo de São Paulo, Danilo Campetti, que esteve envolvido em importantes eventos relacionados ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Tanto o Ministro da Justiça, Flávio Dino, quanto o próprio presidente Lula estão solicitando que o agente retorne à Polícia Federal, levantando questionamentos sobre os motivos por trás dessa decisão.

No dia 4 deste mês, o portal 'Terra' publicou uma matéria revelando que o Ministro da Justiça, Flávio Dino, solicitou que o assessor especial do governador Tarcísio de Freitas, Danilo Campetti, seja enviado de volta à Polícia Federal. No entanto, nenhuma explicação detalhada foi fornecida sobre os motivos específicos para essa solicitação.

Paralelamente a esta informação, outra notícia surgiu no portal 'O Antagonista' revelando que Lula também manifestou o desejo de que Danilo Campetti seja retirado da equipe que acompanha Tarcísio de Freitas, levantando mais questionamentos sobre essa decisão.

O pedido de retorno de Danilo Campetti à Polícia Federal foi formalizado por meio de um ofício enviado em abril ao gabinete do secretário estadual de Governo, Gilberto Kassab. O documento assinado por Ricardo Capelli, secretário executivo do Ministério da Justiça, justificou a necessidade do servidor voltar às suas funções devido à falta de efetivo causada pela criação de novas diretorias na PF.

Campetti participou da condução coercitiva e da prisão de Lula durante a Operação Lava Jato, o que na época gerou revolta entre a militância do Partido dos Trabalhadores (PT). O policial também foi responsável por escoltar o então ex-presidente em 2019, quando ele obteve liberdade provisória para comparecer ao velório de seu neto.

Esses episódios motivaram a entrada de uma representação na PF e no Ministério Público Federal por parte da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que acusou Campetti de ser um apoiador declarado do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais.

Diante desse contexto, fontes ligadas ao governo de Tarcísio apontam uma possível vingança pessoal por parte do presidente da República e acusam Lula de interferir na gestão estadual.

Além disso, fontes relacionadas à polícia indicam que há vários policiais cedidos que não foram chamados para retornar à PF. E questionam que se o problema apontado pelo Ministério da Justiça for falta de efetivo, por que apenas Campetti foi solicitado?

Sempre existiu uma cordialidade entre Lula e Tarcísio, os dois uniram forças em prol do melhor para a população brasileira. Se de fato houver uma perseguição, apontada pelos aliados de Tarcísio, em relação ao assessor do governador do Estado de São Paulo, pode criar um mal-estar desnecessário entre os governos.

O Diário de São Paulo fez um questionamento ao Ministério da Justiça e ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, sobre a decisão de retorno do policial federal Danilo Campetti à Polícia Federal, no entanto, ainda não obteve uma resposta oficial até o momento da publicação desta matéria. A reportagem também entrou em contato com Danilo Campetti que preferiu não comentar sobre o caso.

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