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Decisão

Câmara toma decisão final sobre mandato de Gabriel Monteiro após escândalos sexuais

A votação da Câmara foi concluída nessa quinta-feira (18)

A votação foi concluída nessa quinta-feira (18) - Imagem: Instagram / Wikimedia Commons
A votação foi concluída nessa quinta-feira (18) - Imagem: Instagram / Wikimedia Commons

João Perossi Publicado em 19/08/2022, às 09h55


A Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou nessa quinta-feira (19) a cassação do mandato do ex-PM Gabriel Monteiro, que era vereador. O pedido foi feito pelo Conselho de Ética da casa após uma série de denúncias envolvendo abuso sexual e estupro de menores.

Foram 48 votos a favor da cassação, 14 a mais do que o mínimo necessário, e apenas dois votos contra, um deles sendo do próprio vereador Gabriel Monteiro. Chagas Bola, do União Brasil, também votou contra, e Carlos Bolsonaro não votou por estar de licença da Câmara, ajudando na campanha política do pai Jair Bolsonaro.

O nome de Gabriel entra para a história como um dos únicos dois vereadores cassados na Câmara Municipal do Rio, ao lado de Jairinho, acusado de homicídio triplamente qualificado de uma criança. 

Faltando cerca de cinco votos para os 34 necessários, a banca contra Gabriel começou uma contagem regressiva, que terminou quando o trigésimo quarto voto foi computado. Neste momento, Gabriel Monteiro se levantou e saiu da Casa sem dizer uma única palavra.

Gabriel é candidato a deputado federal pelo PL, partido de Jair Bolsonaro, e é cotado como "puxador de votos" da capital carioca. Embora o mandato de vereador tenha sido cassado, o ex-PM não teve os direitos políticos revogados, e ainda pode se candidatar.

O responsável pelo pedido, Chico Alencar (PSOL) enumerou os atos do acusado que ferem a ética parlamentar. São eles:

  • Filmagem e armazenamento de vídeo em que o mesmo pratica sexo com adolescente;
  • Exposição vexatória de crianças, por meio da divulgação de vídeos manipulados;
  • Exposição vexatória, abuso e violência física contra pessoa em situação de rua;
  • Assédio moral e sexual contra assessores do mandato;
  • Perseguição a vereadores com a finalidade de retaliação ou promoção pessoal;
  • Uso de servidores de seu gabinete parlamentar para a atuação em sua empresa privada;
  • Denúncias contundentes de estupro por quatro mulheres que relatam o mesmo modus operandi.
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