O presidente participou de uma entrevista em Ceilândia (DF)
Mateus Omena Publicado em 10/10/2022, às 15h16
O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (10). No entanto, ao ser questionado sobre o recuo no veto do orçamento secreto, o candidato à reeleição evitou falar sobre o assunto e se distanciou dos repórteres.
O episódio aconteceu em Ceilândia – região administrativa do Distrito Federal que fica a cerca de 30 quilômetros do centro de Brasília.
Durante o tumulto, a repórter Julia Affonso, do jornal O Estado de São Paulo, fez uma pergunta a Bolsonaro sobre o orçamento secreto, pauta que recorrentemente ele tenta desvincular da sua responsabilidade.
"Presidente, em dezembro de 2019, o senhor recuou do veto do orçamento secreto e mandou pro Congresso o projeto. Por que o senhor recuou do veto?", questionou.
"Por favor, você não aprendeu esse orçamento secreto ainda, que não é meu. Pelo amor de Deus, para com isso. O orçamento secreto é uma decisão do Legislativo que eu vetei, depois derrubaram o veto", respondeu Bolsonaro.
Em seguida, Bolsonaro é rebatido por sua declaração e se exalta. "Depois o senhor recuou do veto", disse a jornalista. "Que recuei o veto. Ah, eu desvetei? Eu desconheço, des.. des... desvetar. Obrigado pessoal", respondeu Bolsonaro.
Após a breve confusão, o presidente encerrou a entrevista.
Ao longo da campanha, Bolsonaro defendeu que não tem relação com a criação do orçamento secreto. O projeto foi criado a partir do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias apresentado pela própria Presidência da República.
Em dezembro de 2019, o texto enviado ao Congresso e assinado pelo então ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, incluiu na previsão para o ano seguinte a emenda do relator-geral, a RP9, segundo o Estadão.
Por outro lado, antes desse processo, Bolsonaro havia vetado uma proposta vinda do Congresso de tornar obrigatória a RP9. Mesmo assim, o governo voltou atrás e reapresentou o texto, desta vez assinado por Ramos.
Em seguida, o presidente tentou vetar trechos que previam que o governo precisasse da aprovação das comissões permanentes da Câmara e do Senado antes de executar as emendas parlamentares.
Em um acordo com o parlamento, houve derrubada dos vetos. Dessa forma, o Congresso passou a ter maior poder de decisão na prioridade de pagamentos de parte dos recursos dos ministérios. O orçamento previsto para 2023, sancionado por Bolsonaro, mantém a existência das emendas de relator.
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