Crime aconteceu na manhã desta quinta-feira (5) e está sob investigação das autoridades policiais
Lillia Soares Publicado em 05/10/2023, às 16h19
Seis vítimas mortas em ataque a tiros em Jequié, Bahia, eram da mesma família e pertenciam à comunidade Cigana. As vítimas incluem uma criança de 5 anos e uma gestante de nove meses, de acordo com a Polícia Civil.
Este incidente ocorreu 1 mês e 10 dias após uma chacina que resultou em dez vítimas na cidade de Mata de São João, localizada na Região Metropolitana de Salvador.
A tragédia ocorreu no bairro Amaralina, onde informações preliminares da Polícia Civil indicam que indivíduos armados invadiram a residência onde as vítimas se encontravam, efetuaram disparos e em seguida fugiram do local.
A 9ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin/Jequié) coletou imagens das câmeras de segurança situadas nas proximidades da propriedade, que serão submetidas à análise. Segundo informações do portal G1, a polícia planeja entrevistar os residentes da área como parte da investigação.
"As informações coletadas no local apontam que por volta das 3h30, indivíduos não identificados invadiram o local e executaram todas as pessoas utilizando armas de fogo. Nesse momento, as equipes já aguardam o resultado das perícias que foram realizadas para que continuemos com as investigações", comentou o delegado Roberto Leal, coordenador da 9ª CIPM.
A área foi isolada e as autoridades chamaram o Departamento de Polícia Técnica (DPT) para conduzir a investigação pericial.
"Não vamos descartar nenhuma hipótese. Estamos, inclusive, ouvindo pessoas da família para que nos informem se houve fatos anteriores ao crime que podem ajudar na resolução desse fato. Pois tratava-se de uma família de ciganos, pessoas da mesma família, entre elas avô, nora, sogra, genro", contou o delegado.
"Natiele, infelizmente, estava grávida. Então, todos esses fatos serão trazidos à investigação para que a gente consiga elucidar esse crime no menor espaço de tempo possível", finalizou.
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública classificou Jequié como a cidade mais perigosa do Brasil, com base em sua análise de municípios com mais de 100 mil habitantes.
Jequié apresenta uma taxa de 88,8 em mortes violentas intencionais, que englobam homicídios dolosos (incluindo feminicídios, que são homicídios qualificados), lesões corporais que resultam na morte da vítima, latrocínios (quando a vítima é assassinada para concluir um roubo), mortes de policiais e homicídios cometidos por policiais.
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