A família da vítima contou não ser a primeira vez que o menino é agredido
Bianca Souza Publicado em 04/11/2022, às 09h26
Uma mãe denunciou a postura negligente de uma escola, após seu filho ter sido agredido por um colega de classe, em São Bento, Minas Gerais.
Segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (03), A mãe não teria sido recebida pelos funcionários da Escola Santo Tomás de Aquino, quando buscou esclarecimentos sobre o que havia ocorrido com seu filho.
No boletim de ocorrência, a vítima agredida tem 13 anos e foi surpreendia pelas costas por outro estudante. O adolescente foi jogado no chão com um golpe conhecido como 'mata-leão'.
A professora que dava a aula no momento advertiu o agressor mais de uma vez, e então a vítima foi liberada. O adolescente que foi vítima do ataque tem Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Segundo a mãe da vítima, apesar de existir uma lei que exige um professor de apoio na sala de aula, o menino não estava acompahado de um.
Ela afirma que, a ausência do profissional de apoio pode contribuir para casos de violência, nos quais o filho é submetido, sempre pelo mesmo agressor.
Ainda segundo o boletim de ocorrência, o menino escolheu dormir para que a mãe não fosse chamada na escola, mas durante o intervalo, o agressor retornou e jogou água fria para acordá-lo. Atitude que acabou despertando uma crise de pânico na vítima.
A mão do menino agredido contou ao G1, que quando soube do ocorrido e se direcionou a enfermaria da escola, encontrou o filho com um hematoma no rosto. Ela ainda afirmou que o menino não conseguia falar nada.
O adolescente foi levado ao terapeuta que o acompanha. Durante a consulta, ele conseguiu contar o que havia ocorrido.
A mãe contou que, durante uma reunião na escola, o diretor do local parecia frio em relação a situação. "Em nenhum momento, estava preocupado com o meu sofrimento e do meu filho, mas em defender a escola e o agressor", contou.
Ainda segundo o relato da mãe, o agressor de seu filho deve retornar a escola na próxima seguna-feira (07), enquanto seu filho não.
"A psiquiatra do meu filho foi bem clara quanto à necessidade imediata de expulsão [do agressor]. Enquanto ele estiver presente no âmbito escolar, o filho dela não tem condições emocionais de frequentar a escola".
"Ele não pode voltar presencialmente enquanto o agressor estiver presente em toda a escola, pelo medo e pânico de encontrá-lo em todos os ambientes", relatou.
Os pais da vítima participaram de uma reunião, junto a advogados, profissionais da escola e a psiquiatra que atende o menino.
"A terapeuta informou que ele estava com estresse pós-traumático, ansiedade generalizada e que não tem condições de frequentar a escola na presença do agressor", informou.
Segundo a família da vítima, não é aprimeira vez que o menino é agredido pelo colega de classe. A escola ainda não se pronunciou.
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