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Violência contra a mulher

Manicure perde o olho após ser brutalmente agredida pelo ex-marido

Marília de Oliveira Santos agora, luta para conseguir uma cirurgia plástica na pálpebra

Marília de Oliveira Santos foi atacada pelo ex-marido em dezembro de 2019 - Imagem: reprodução/TV Globo
Marília de Oliveira Santos foi atacada pelo ex-marido em dezembro de 2019 - Imagem: reprodução/TV Globo

Mateus Omena Publicado em 15/12/2022, às 13h59


Uma manicure, de 37 anos, perdeu o olho direito, após ser agredida pelo ex-marido, em Formosa, no Entorno do Distrito Federal. Há dois anos ela luta para conseguir uma cirurgia plástica na pálpebra pelo sistema público, já que não tem dinheiro para pagar o procedimento na rede particular.

Em entrevista à TV Anhanguera, Marília de Oliveira Santos, lamenta a situação que enfrenta desde que foi atacada pelo homem. O crime aconteceu em dezembro de 2019.

Ela relatou que estava em casa quando o suspeito chegou bêbado, arrombou o portão e invadiu a residência dela. Em seguida, o homem a agrediu com um soco no rosto. Por conta da gravidade do ferimento, a manicure foi submetida a uma cirurgia para retirada do olho direito em janeiro de 2020.

“Me sinto frustrada. Estou esperando essa cirurgia tem muito tempo, eu sofro muito porque a questão do meu olho me incomoda muito. Todo lugar que eu passo as pessoas me veem”.

Segundo ela, em fevereiro de 2021, a Secretária de Saúde de Formosa fez o pedido de avaliação para cirurgia plástica na regulação de Goiânia.

Em nota, a Central de Regulação de Goiânia informou que o procedimento já foi autorizado e a paciente será regulada, assim que a vaga for disponibilizada por parte do prestador.

Mesmo assim, a espera signfica uma tortura prolongada para Marília, pois sofre com as consequências da violência em seu rosto.

“Eu preciso da cirurgia para me sentir melhor, para minha autoestima e meu dia a dia. Eu queria que minha cirurgia já tivesse saído para pelo menos apaziguar o trauma que eu tive”, lamentou

Por outro lado, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) afirmou á TV Globo que não há pedidos de consulta ou cirurgia no nome de Marília na rede pública estadual. A secretaria acrescentou que a paciente não está na fila pela SES, porque Formosa não lançou o pedido para a regulação estadual.

A pasta também disse que o município de Formosa e muitos outros de Goiás mantêm pactuação e compra de serviços via Programação Pactuada Integrada (PPI) com a SMS Goiânia, para lançar pedidos de especialidades, como consultas, exames e cirurgias que não possuem na própria rede.

“A paciente também deve procurar a SMS de Formosa, pois existe a especialidade cirurgia plástica na rede SES, porém a SMS de Formosa tem que cadastrar o pedido para proceder à regulação e respectiva fila”.

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