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Justiça mantém prisão de bolsonarista acusado de ameaçar ministros e políticos de esquerda

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, decretou a prisão de Ivan Rejane Fonte Boa Pinto na quarta-feira (20) após pedido da Polícia Federal

Ivan foi preso na sexta-feira (22) pela PF - imagem: reprodução Instagram @sbtnews
Ivan foi preso na sexta-feira (22) pela PF - imagem: reprodução Instagram @sbtnews

Fernanda Viana Publicado em 23/07/2022, às 20h14


Após audiência de custódia, a Justiça Federal de Belo Horizonte decide manter preso o bolsonarista Ivan Rejane Fonte Boa Pinto pelas ameaças a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e a políticos de esquerda. 

Preso nesta sexta-feira (22) pela Polícia Federal sob decreto do ministro Alexandre de Moraes, do STF, o homem é apontado por divulgar vídeos em que planeja ataques contra figuras como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além da presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, e do candidato a governador do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo (PSB).

“Anda de segurança armada na rua que nós, da direita, vamos começar a caçar você [Lula]. Caçar você, caçar Gleisi Hoffmann, esse Freixo, frouxo do caralho. Todos eles que te cercam, vagabundo.”

Além dos políticos, o homem se referia aos ministros do STF como "vagabundos do STF" e recomenda que a Corte deixe o Brasil sob ameaça de pendurá-los de cabeça para baixo e agredir os familiares deles.

“Sumam do Brasil. Nós vamos pendurar vocês de cabeça para baixo”, disse o homem de 46 anos.

Segundo a Polícia Federal, Ivan usa canais como YouTube, Twitter e Facebook para espalhar suas mensagens de ódio e incitar outros apoiadores.

Moraes mandou as redes bloquearem as contas do homem e que o Telegram feche um grupo que ele administrava. Além disso, determinou uma busca a apreensão de “armas, munições, computadores, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos” em poder de Boa Pinto.

Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), Ivan Pinto foi candidato a vereador da capital mineira em 2020, com o nome de Ivan Papo Reto, pelo PSL (hoje, União Brasil). Mas não conseguiu se eleger, com apenas 189 votos.

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