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BBB 23 e a Justiça

Justiça toma decisão após pedido para Key Alves depor sobre o assassinato de Leandro Lo, campeão de jiu-jítsu

Confinada no BBB 23, a jogadora de vôlei disse ter testemunhado a morte do lutador

Justiça de SP recusa depoimento de Key Alves sobre a morte de Leandro Lo, campeão de jiu-jítsu - Imagem: reprodução
Justiça de SP recusa depoimento de Key Alves sobre a morte de Leandro Lo, campeão de jiu-jítsu - Imagem: reprodução

Nathalia Jesus Publicado em 23/02/2023, às 12h06


A Justiça de São Paulo negou o pedido da defesa do policial militar acusado de matar o campeão de jiu-jítsu Leandro Lo para que Key Alves, jogadora de vôlei e participante do BBB 23, testemunhasse sobre o crime.

No início de fevereiro, um requerimento da defesa do PM Henrique Otávio de Oliveira Veloso foi protocolado ao processo pedindo que a atleta prestasse depoimento. Em uma conversa com o também lutador Antônio 'Cara de Sapato', Key Alves disse que estava na ocasião em que o campeão de jiu-jítsu foi morto e havia presenciado o crime.

"Foi na minha frente, eu vi tudo", disse a jogadora.

Segundo informações do g1, na decisão, o juiz de direito da 1° Vara do Júri de São Paulo, Roberto Zanichelli afirmou que:

  • A defesa não apresentou justificativa detalhada para o pedido;
  • Os advogados do policial juntaram apenas "manchetes de sites da internet, e não o vídeo com o momento da suposta frase dita pela jogadora";
  • Existem outras testemunhas presenciais, de modo que o depoimento de Key seria desnecessário na atual fase do processo;
  • O depoimento "geraria apenas tumulto processual", já que a jogadora se encontra indisponível para comparecer em juízo.

O juiz também salientou que, apesar de ter dito que viu toda a ação, não é possível comprovar a veracidade das falas de Key Alves.

Sobre o caso, a assessoria de Key afirmou que ela estava na festa com um amigo e não com o grupo que estava com o lutador. De acordo com a equipe, Key viu apenas quando houve o disparo, mas não saberia dizer as motivações do crime.

"Ela saiu correndo. Não tem envolvimento com Leandro e nem policial. Ela não viu policial atirando. Não viu o porquê da briga, se foi legítima defesa, se o policial sacou a arma, se o Leandro teve culpa. Ela comentou com o Sapato que viu como todo mundo”, afirmou a assessoria.

Leandro Lo foi morto com um tiro na cabeça depois de uma briga em uma festa em um show no Clube Sírio, na zona sul de São Paulo, em agosto de 2022. O principal suspeito do crime, o PM Henrique Otávio de Oliveira Velozo se entregou para a Corregedoria e teve a prisão preventiva decretada. O policial segue em preso no presídio militar Romão Gomes.

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