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Crime

Golpista do Grindr extorquia e ameaçava gays em encontros sexuais; entenda

Túlio Moreira Soares está sendo investigado pela PCDF

Túlio Moreira Soares é conhecido como Golpista do Grindr - Imagem: reprodução Twitter
Túlio Moreira Soares é conhecido como Golpista do Grindr - Imagem: reprodução Twitter

Manoela Cardozo Publicado em 14/04/2023, às 12h25


A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) está investigando Túlio Moreira Soares por usar o aplicativo Grindr para atrair homens e extorquir dinheiro deles com uso de violência e ameaças.

De acordo com informações do Metrópoles, o suspeito utilizava a plataforma para marcar encontros na casa das vítimas usando fotos falsas e, assim que chegava ao local, ameaçava quebrar móveis e agredir os homens caso não eles não lhe pagassem uma determinada quantia.

Como estavam sozinhas em casa, as vítimas não tinham como se proteger e tiveram até facas apontadas para elas.

Ao fazer a transferência, o número do PIX é um celular de outro estado e o agressor ainda dizia ter comparsas dentro do condomínio.

Para acessar a portaria, o criminoso dava nomes falsos ou alegava ter acesso ao local, já que tinha uma parente vizinha da vítima.

O Grindr é um aplicativo de relacionamento voltado para o público LGBTQIA+, mas dentro da própria comunidade há resistência quanto ao uso do aplicativo.

Túlio assumia um outro nome dentro do Grindr. Lá, em uma conversa rápida, ele insistia para marcar um encontro que deveria ser sempre na casa da vítima.

A pessoa então aceitava, mas assim que o criminoso chegava ao apartamento, a vítima logo percebia que o homem também usava fotos falsas.

As vítimas contaram que questionaram o fato de Túlio ser outra pessoa, diferente da que se apresentou antes, pelo aplicativo. Foi nesse ponto que aconteceu uma diferença do desenvolvimento da história: quem aceitou e quem negou aceitou o encontro.

Especificamente no caso das recusas, Túlio dava alguma desculpa, como pedir para entrar para beber água. Já dentro da casa, ele começa as ameaças.

"Ele inventou que era garoto de programa e que não iria embora enquanto não recebesse pagamento pelo programa, mas em nenhum momento, segundo as vítimas, teria sido abordado o assunto a respeito de um encontro com um acompanhante, pois tratava-se de um encontro consensual, sem pagamento de qualquer valor", afirmou uma das vítimas.

As vítimas registraram queixas na PCDF e estão aguardando a solução do caso por parte dos investigadores. 

Vale lembrar que, no próprio site, o Grindr informou que o compromisso da empresa é "criar um espaço seguro e totalmente verdadeiro, sem golpistas, contas falsas nem conteúdos indesejados".

Logo em seguida, a plataforma lista diversos golpes que já aconteceram por meio do aplicativo.

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