Após perseguição de 3,5 km, os criminosos invadiram a instituição
Manoela Cardozo Publicado em 30/09/2022, às 08h18
Em fuga, criminosos armados fizeram reféns em uma escola de inglês infantil e trocaram tiros com policiais militares na zona oeste de São Paulo, na tarde desta quinta-feira (29).
Após negociação com a polícia para que liberassem quatro pessoas, dois homens foram presos em flagrante.
Depois da ação, um terceiro suspeito de envolvimento na ação foi detido. De acordo com a Polícia Militar de São Paulo, ninguém se feriu. Em foto obtida pelo Uol é possível notar que a viatura usada na perseguição tinha, pelo menos, 18 perfurações por tiros.
Tudo começou quando os criminosos foram identificados pelos policiais militares em um veículo depois de um roubo a uma residência na avenida Morumbi.
A perseguição se estendeu por 3,5 km, quando o veículo foi abandonado pelos suspeitos, que fugiram a pé na região do Jardim Bonfiglioli, onde invadiram a escola de inglês. Armas foram apreendidas no local.
Segundo informações de Osvaldo Nico Gonçalves, delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, os suspeitos que foram detidos já possuiam passagem pela polícia e eram ‘especialistas’ em roubar mansões.
Uma funcionária da residência trabalhava no local no momento em que os criminosos o invadiram e afirmou que eles fingiram ser entregadores para entrar na casa. Depois de apanhar, ela precisou de atendimento médico.
"Lutei com ele, ele lutou comigo e ele começou a me bater, porque eu gritava. Ele me bateu muito", explicou em entrevista concedida à TV Bandeirantes.
"Eles falavam: Cadê ela? Cadê a sua patroa? A gente não quer nada de você, não, só o dinheiro dela", continuou. A funcionária afirma ainda que os suspeitos perguntaram quantas pessoas estavam na residência durante a invasão.
Como algumas crianças foram liberadas pelos suspeitos depois da invasão, não é possível calcular a quantidade exata de reféns. Mesmo assim, sabe-se que quatro pessoas foram mantidas reféns até que os criminosos se entregassem à polícia.
De acordo com o comandante do Grupo de Ações Táticas Especiais, Tenente Coronel Nery, as crianças que estavam acompanhando a aula também foram feitas reféns, mas foram liberadas pouco tempo depois.
"O pessoal do 23º batalhão já havia iniciado o diálogo [com os suspeitos] e conseguiu que eles liberassem seis reféns antes da nossa chegada. Entre eles, estavam todas as crianças", afirmou em entrevista concedida também à TV Bandeirantes.
De acordo com suas explicações, os suspeitos estavam armados com um revólver e um fuzil.
A ocorrência teve a participação de policiais da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) e do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais).
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