Pelo menos 11 funcionários afirmaram ter sido assediados por Larissa Bressan
Manoela Cardozo Publicado em 29/03/2023, às 11h18
Na última semana, ex-funcionários de uma clínica odontológica de São Paulo denunciaram a proprietária Larissa Bressan, de 35 anos, por assédio sexual e moral.
Segundo informações do CM7 Brasil, os episódios aconteciam dentro da própria clínica e durante o horário de trabalho.
Conforme denúncia, Larissa supostamente obrigava os subordinados a tirarem a roupa na frente de outros colegas e também foi acusada de se despir no meio do expediente para que todos vissem.
“Ela abaixava as calças, mostrava as partes dela íntimas. E ela passava a mão, fazia as pessoas cheirarem”, denunciou uma ex-funcionária.
“Com os pacientes, ela era a doutora perfeita. Mas, por trás daquelas paredes com os funcionários, era totalmente diferente”, contou outro subordinado.
Além das muitas situações de assédio, os denunciantes acusaram a profissional de abandonar o consultório porque, quase todos os dias, eram obrigados a participar de reuniões em que Larissa supostamente gritava e os ameaçava. Um deles, inclusive, gravou uma das reuniões que a dentista fez.
"Como é que você me pega uma coisa que é 110 e me enfia 220 se tem uma etiqueta gigantesca com 110? Não acredito, vocês queimaram o motor elétrico de novo. Eu juro por Deus, que se eu tivesse a possibilidade, se eu pudesse, eu te jogava do 12º andar", disse Larissa, no áudio.
Em outro momento, ela foi acusada de falar que os funcionários não têm estudo e que deveriam colocar uma barraquinha de camelô na Rua 25 de Março.
"E não quer tomar xingo, abre o consultório de vocês. Você é formado em que? Nada, você não é formado em nada. Abre uma casinha de camelô na 25, sai gritando igual eu saí. Não tá feliz, vai embora!".
De acordo com a reportagem, o perfil dos funcionários era quase sempre o mesmo: jovens, muitas vezes no primeiro emprego, sem ensino superior e que dependiam do salário de pouco mais de R$ 1 mil. Assista ao vídeo clicando aqui.
Em nota, a defesa de Larissa Bressan disse que "em 11 anos de consultório, nunca houve notícia a respeito dos fatos, nem qualquer reclamação formal" e que "em nenhum momento esses funcionários a procuraram para uma conversa".
"Os ataques à honra da cirurgiã-dentista começaram após a demissão de um funcionário. Campanha de discurso de ódio, com intuito de prejudicar alguém que sempre levou muito a sério sua profissão", concluiu.
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