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Alagamento

Após idosa morrer em Moema, prefeitura de SP estuda medidas para derrubar muro que agravou enchente

Outras diversas ações também estão sendo feitas para diminuir alagamentos na cidade

Após idosa morrer em Moema, prefeitura de SP estuda medidas para derrubar muro que agravou enchente - Imagem: reprodução redes sociais
Após idosa morrer em Moema, prefeitura de SP estuda medidas para derrubar muro que agravou enchente - Imagem: reprodução redes sociais

Vitória Tedeschi Publicado em 10/03/2023, às 14h13


A Prefeitura de São Paulo estuda medidas administrativas e judiciais para derrubar um muro de um condomínio, que impede a vazão de água na rua Gaivota, em Moema, na Zona Sul, onde Nayde Cappellano, de 88 anos, morreu em consequência das enchentes na última quarta-feira (08).

A idosa, que havia saído para buscar remédios em um posto de saúde, ficou presa dentro de seu carro, quando ele foi submerso pela água. Ela era moradora da região e estava a apenas cinco quarteirões de casa. Ao entrar na rua, que estava alagada, não conseguiu sair do local, nem deixar o carro que dirigia.

Na tarde da última quinta-feira (09), o prefeito Ricardo Nunes esteve no local e acionou imediatamente a Procuradoria Geral do Munício (PGM) para tomar medidas judiciais para derrubar um muro que pode ter agravado a situação da rua onde ocorreu a morte da munícipe.

Além disso, outras nove ações já estão em curso para reintegrações de posse de ocupações irregulares que agravaram a impermeabilização do solo ao longo do Córrego Uberabinha, todos eles nas proximidades da tragédia, na esquina da Rua Gaivota com Ibijaú. Ou seja, dificultaram a evasão de água, favorencendo a enchente.

A maioria dessas ações diz respeito a construções irregulares que foram feitas em áreas localizadas em vielas sanitárias, que têm a função de escoar a água das chuvas e não devem ser tapadas.

Ricardo Nunes, afirmou nesta sexta-feira (10), que a demolição do muro realmente será feita.

Falei com a procuradora-geral do município, doutora Marina Magro, e pedi que fossem intensificadas as ações já em curso e se possa imediatamente quebrar aquele muro na Rua Gaivota", afirmou o prefeito

"Se eu tiver hoje a autorização judicial nós já vamos fazer hoje. É inaceitável que um condomínio faça um muro daquele de forma irregular e irresponsável. Muito possivelmente se aquele muro não estivesse ali não teríamos o que aconteceu", acrescentou ele.

Por fim, foi dito que, de acordo com a PGM, a Subprefeitura de Vila Mariana – responsável pela região de Moema – está enviando um relatório com dados técnicos da área, que vão sustentar a medida judicial para derrubada do muro o quanto antes.

Vale citar que as medidas acontecem após o Ministério Público de São Paulo solicitar que a Prefeitura de São Paulo apresentasse um plano de redução de riscos, com medidas estruturantes no curto, médio e longo prazo para combater os "graves problemas de enchentes e inundações na cidade", que vem sendo cada vez mais frequêntes.

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