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Apreensão

1 mês após tragédia, São Sebastião tem 5 novas áreas de risco com mil casas interditadas

O prefeito da cidade chegou a afirmar que a situação é assustadora

1 mês após tragédia, São Sebastião tem 5 novas áreas de risco com mil casas interditadas - Imagem: reprodução Carta Capital
1 mês após tragédia, São Sebastião tem 5 novas áreas de risco com mil casas interditadas - Imagem: reprodução Carta Capital

Vitória Tedeschi Publicado em 19/03/2023, às 08h34


Um mês após a tragédia que aconteceu em São Sebastião, litoral de São Paulo, e levou a vida de centenas de pessoas, a Prefeitura de São Sebastião identificou ao menos cinco novas áreas de risco.

De acordo com o UOL, a estimativa é que pelo menos mil moradias estejam interditadas nessas regiões. São elas: comunidades, terrenos e ruas em Juquehy, Vila Sahy, Camburi, Baleia e Baleia Verde.

Os locais são considerados áreas de risco pela grande possibilidade de novos deslizamentos e desmoronamentos.

Com as fortes chuvas, temos novas áreas de risco porque o relevo dos morros foi alterado, os rios e os corpos d'água tomaram novos caminhos", disse ao UOL, Felipe Augusto (PSDB), prefeito de São Sebastião.

Na Vila Sahy, região mais atingida pela tragédia, está localizada a rua Maria Caetana - com 700 metros de extensão.

Nunca foi considerada uma área de risco e agora é. Ainda estamos identificando esses pontos. É uma situação assustadora", afirmou ainda Felipe.

Vale citar que antes das fortes chuvas mais de 9 mil pessoas viviam em áreas de risco em São Sebastião, de acordo com o coordenador da Defesa Civil municipal, Wagner Barroso.

Relembre a tragédia de São Sebatião

Portal da transparência revela negligências na Prefeitura de São Sebastião. - Imagem: Reprodução | André Bastos / g1 via Grupo Bom Dia
Em cinco anos, a Prefeitura não investiu nada do orçamento de fundo para regularizar imóveis em área ilegal / Imagem: reprodução g1

São Sebastião, que fica a 197 km de São Paulo, foi uma das cidades mais afetadas pelos desastres em todo o litoral paulista em decorrência das chuvas fortes dos dias 18 e 19 de fevereiro, durante o Carnaval deste ano.

Os danos foram irreparáveis, com a morte de 65 pessoas, além de desabrigados e desalojados, na maior chuva da história do Brasil.

Até hoje, as equipes de buscas continuam apenas na Baleia, em São Sebastião - onde um homem está desaparecido. A prefeitura afirma que a maior parte das famílias que tiveram de deixar suas casas foi encaminhada a escolas, hotéis e pousadas, além de casas de passagens construídas pelo governo estadual em terrenos cedidos pela prefeitura e em casas modulares

Outras preferiram ficar abrigados junto a amigos, parentes e patrões —para facilitar a retomada da rotina. O UOL conversou com moradores de São Sebastião que reclamam da falta de planos de reconstrução e de habitação.

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