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COLUNA

A importância da qualificação do síndico de condomínios

Imagem: Freepik
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Marcelo Emerson

por Marcelo Emerson

Publicado em 07/09/2023, às 12h53


A figura do síndico de condomínios já está consolidada no imaginário do povo brasileiro. Desde personagens de filmes, séries de TV e novelas até chegar na música de Jorge Ben Jor (WBrasil – Eu vou chamar o Síndico), o representante legal dos condomínios já integra até mesmo a cultura nacional.

Atualmente, a profissão de síndico ganha cada vez mais popularidade. Se antes o cargo era ocupado apenas por moradores do condomínio que se dedicavam ao ofício nas horas vagas, agora também é comum o cargo de síndico profissional.

Ainda assim, a profissionalização do síndico deve alcançar níveis mais altos de qualificação. Em alguns casos, os altos índices de desemprego acabaram geram com mais frequência a hipótese do desempregado que busca o cargo como nova oportunidade profissional.

Tal realidade trouxe para o mercado muitos profissionais de outras áreas, que não possuem a qualificação técnica necessária para enfrentar os desafios desta atividade. Lembrando que o síndico é o representante legal do condomínio e o art. 1348 do Código Civil traz uma série de atribuições, competências e responsabilidades ao síndico. Dada a complexidade própria da vida condominial atual, a posição do síndico hoje equivale à de um gestor empresarial.

Embora o condomínio não tenha personalidade jurídica nem finalidade lucrativa, o síndico é responsável pela gestão financeira do condomínio, exigindo-se dele conhecimentos sobre direito trabalhista, tributário, contabilidade, gestão de pessoas, contratação de prestadores de serviços e empresas terceirizadas, dentre outras competências.

Tudo isso deve ser executado com “traquejo” político no dia a dia do condomínio, com observância do arcabouço normativo e extrema atenção para não descambar para uma situação de má gestão.

O síndico pode contar com o auxílio do Conselho e de uma Administradora de Condomínios, mas não se pode negar a crescente exigência de qualificação constante desse profissional.

A figura de um síndico despojado em excesso, desleixado e desatento deve ficar apenas nas letras da música popular brasileira. Na realidade da rotina condominial, o síndico deve ser um profissional cada vez mais qualificado.

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