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COLUNA

Inteligência Emocional Aplicada ao Desenvolvimento Profissional

Parte II/III

Imagem: Freepik
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Marcelo Dutra Publicado em 24/05/2023, às 09h26


Este texto é a progressão do artigo publicado em 11/04/2023 nesta coluna. Tem por objetivos dar continuidade à parte I devido a abrangência do tema, inserir novos argumentos que escaparam ao momento inicial e dialogar com a repercussão e feedbacks recebidos.

Produtividade em baixa, conflitosinterpessoais, desânimo, comunicação belicosa, estresse ocupacional, Síndrome de Burnout, ansiedade; são alguns resultados relacionados a um local de trabalho com clima instável e que não apresentam ações corretivas. Essa conjuntura pode gerar traumas e prejuízos para todas as partes envolvidas e estender - se até para os relacionamentos fora da empresa, repercutindo gravemente na vida profissional e pessoal do colaborador.

Uma pesquisa coordenada pela Dra. Amy Zadow, da University Of South Australia, apontou que um ambiente tóxico pode aumentar o risco de depressão em 300%. Outro levantamento realizado a pedido da rede social LinkedIn, que é voltada para relacionamentos profissionais, publicado no LinkedIn News e que ouviu pessoas em diversos países, incluindo o Brasil, apontou que 60% dos profissionais encontram – se descontentes com sua ocupação profissional e que aproximadamente 20% desses já estão realizando buscas por um novo emprego. Na investigação, algumas motivações se destacam, tais como: ambiente de trabalho tenso, salários incompatíveis com tarefas e carga horária, desejo de flexibilidade, reconhecimento profissional, busca pelo trabalho hibrido, entre outros.

Se por um lado devemos atentar para cultura, regramentos, disciplinas e hierarquia que conduzem o ambiente nas organizações, sejam públicas ou privadas, por outro, é importante colaborar no processo lendo nossos sentimentos e nos compreendendo melhor. Quais são nossas virtudes, defeitos, sonhos, anseios? O que nos desagrada no local de trabalho? Temos vocação para aquele oficio ou estamos lá por retorno financeiro? Os incômodos que sentimos após um dia de trabalho são motivados por fatores internos ou externos ao ambiente profissional?

O conceito de Inteligência Emocional Aplicado ao Desenvolvimento Profissional prescreve justamente isso: precisamos nos conhecer e aprender a lidar com emoções positivas e negativas do nosso dia a dia. Este autoconhecimento, se bem executado, nos levará para um outro prisma de austeridade e sucesso. As softskills (aptidões interpessoais), são habilidades relacionadas as disposições pessoais de convivência harmoniosa com outras pessoas. Características que podem ser desenvolvidas, e para tanto, faz-se necessário ter conhecimento sobre si, realizar uma autoavaliação e aprender a influenciar os próprios sentimentos. As mudanças que queremos nos outros e no mundo deve ser iniciada a partir de nós e não acontecerá de um momento para o outro, nem tampouco irá ocorrer por determinação de amigos ou parentes, a solução que queremos está em nós, na mudança que devemos realizar e no quanto mais benevolentes podemos ser.

Em nossa era altamente tecnológica, em que a informação vem se tornando o principal ativo econômico, nada mais conveniente e lucrativo aos indivíduos que terem o máximo de conhecimento sobre si.

Como este artigo é uma continuação e ainda não demos conta de todo debate pretendido, a proposta é que continuemos na próxima e última etapa, sem esquecer das contribuições que podem ser feitas nos comentários deste periódico, local de trabalho, redes sociais e por toda sociedade.

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