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Papelão histórico

Papelão histórico - Imagem: Reprodução | Lance
Papelão histórico - Imagem: Reprodução | Lance
Renato Nalesso

por Renato Nalesso

Publicado em 13/03/2023, às 08h45


O cenário era um dos mais favoráveis: Arena lotada, adversário mais fraco entre os classificados e time vindo de uma boa vitória contra o Santo André. Todos os ingredientes necessários para uma baita festa de classificação do Corinthianspara as semifinais do Paulistão. Só que a turma do técnico Fernando Lázaro esqueceu que para tudo isso se concretizar precisa jogar bola e fazer gols. Encarou o Ituano, que de uma campanha bem meia boca, fez um jogo forte defensivamente e de muita dedicação. Marcou o tempo inteiro e contou um tremendo golaço do lateral Rai para se motivar no restante da partida.   

Após o empate por 1 a 1, deu Ituano na decisão por pênaltis. Não cabe aqui colocar a culpa da eliminação vergonhosa na ausência do Renato Augusto. Mesmo que ela tenha sido sentida, obviamente. O Paulinho entrou e jogou muito bem. Fez gol e deu um lindo passe para o Yuri Alberto quase fazer o segundo. Vi transpiração sobretudo no sistema defensivo, mas que ainda segue um pouco desarrumado. Meio-campo? Primeiro tempo jogou mal e perdeu quase todas as ações para a equipe do interior. Já o ataque sem o Renato ficou muito pobre. Yuri e Róger foram pouco acionados. 

E a culpa disso é de quem? Na minha visão do treinador que provou mais uma vez ser um estagiário sem experiência. Não tem jeito: o Lázaro não conseguiu encaixar esse time. Muitos testes na defesa não deram ritmo aos caras e sobram 'buracos' aos montes no setor. No meio trocou a dupla de volantes que vinha fazendo sucesso no ano passado para dar moral ao Roni, que me parece em campo um carro perdido sem GPS. Além de tudo isso não conseguiu encontrar soluções táticas para substituir os homens da frente. Quando o Yuri ou o Renatonão jogam o time fica 'manco' e não consegue vencer.

Analisando friamente o Corinthians terminou a primeira fase do Paulistãoem quinto lugar. Já é uma vergonha analisando que o Santos, o outro grande, ficou ainda abaixo. Quero só ver na sequência do ano quando encarar equipes bem mais fortes com esse elenco totalmente limitado. A tendência é a dor de cabeça aumentar ainda mais.

Enquanto isso a diretoria fica falando que o time está voando... que não precisa de reforços e que o elenco é ótimo... tipo papinho de encantador de serpentes. Até quando esse discurso vai colar, hein? 
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