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COLUNA

Ninguém quer segurar a batata quente?

Ninguém quer segurar a batata quente? - Imagem: Divulgação
Ninguém quer segurar a batata quente? - Imagem: Divulgação

Renato Nalesso Publicado em 06/03/2023, às 08h24


Na última semana a CBFdivulgou a primeira convocação da Seleção Brasileira após a eliminação da Copa do Mundo do Catar. A lista com os 23 atletas que vão jogar o amistoso contra Marrocos no dia 25 de março foi anunciada pelo ex-meia Ramón Menezes, que está no cargo interinamente. E muito mais do que qualquer nome relacionado, o que mais me chama a atenção é a demora que a entidade está tendo para definir o novo técnico. Impressionante!

O fracasso do Tite nos dois últimos ciclos acabou gerando a discussão sobre a possibilidade inédita de se contratar um profissional estrangeiro. Nomes ‘tops’ do mercado como Pep Guardiola e Carlo Ancelotti foram cogitados. O italiano inclusive teria sido sondado pela CBF. Já o sonho de muita gente por aqui era o de dar uma oportunidade ao português Abel Ferreira, que revolucionou o futebol e a mentalidade no supercampeão Palmeiras. Entretanto tem gente que defende publicamente a manutenção de comandantes brasileiros. Nessa toada ganha força nomes como Dorival Junior e Fernando Diniz.

De qualquer forma me incomoda demais o longo tempo que nossa Seleção está sendo comando. Tite anunciou a saída no dia 9 de dezembro do ano passado e de lá para cá muita especulação e nada de concreto. Será que ninguém quer segurar essa batata quente? Afinal, apesar do salário ser ótimo, a pressão é gigantesca e ainda tem que sentar no colo de muitas exigências polêmicas do empregador. E para quem já é milionário e com a vida resolvida, caso dos gringos principalmente, o dinheiro acaba virando um mero detalhe.

Enquanto isso, dá-lhe migues, interinos e improvisos... Que coisa, viu!

Galinho fez 70

Na sexta-feira (3) o Sr. Arthur Antunes Coimbra, o Zico, completou ‘redondos’ 70 anos de idade. Para os jovens que não viram esse cara jogar, o Galinho de Quintino, seu apelido de infância, foi uma espécie de ‘Segundo Pelé’. Um craque que marcou história no Flamengo e na Seleção Brasileira. Zico participou de três Copas do Mundo como protagonista (78, 82 e 86), sendo a última voltando de lesão no joelho e perdendo pênalti na decisão das quartas contra a França. Lance que acabou marcando negativamente a carreira. Entretanto não manchou nem um pouco a linda história que ele construiu no futebol. Mesmo não sendo torcedor rubro-negro posso dizer de boca cheia que o Zico contribuiu significativamente para eu, ainda menino, me apaixonar por esse esporte. É uma lenda viva do esporte.

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