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COLUNA

Aqueles 50 por cento!

Imagem: Pinterest
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Fernanda Trigueiro

por Fernanda Trigueiro

Publicado em 02/12/2022, às 08h52


Despertadortocou. Levantar ou dormir só mais um pouquinho? Mais cinco minutos não vão atrapalhar tanto assim ou será que é melhor já pular da cama? Se pensar duas vezes, a soneca vence. Mas seria tão bom acordar já ganhando a primeira batalha do dia...

Esta é somente uma das cerca de 35 mil decisões que tomamos diariamente. Não fui eu quem fiz essa estimativa, foi o psicólogo norte-americano Barry Schwartz que por anos estudou o ser humano e chegou a este número surpreendente. A conclusão resultou no bestseller "Paradoxo da Escolha". O livro ainda trata da dificuldade de escolher diante do leque de possibilidadesque temos.

É como procurar um filme em alguma plataforma de streaming. São tantos ali na nossa frente, que por vezes gastamos mais tempo para decidir do que assistindo. Se tivesse só meia dúzia, com certeza, seria muito mais fácil.

E no fim, somos o resultado de nossas escolhas. Do filme visto, da profissão que optamos, da viagem que fizemos, dos amigos que escolhemos, dos amores que passaram... Você é isso. Das pequenas às grandes decisões. Das relativamente fáceis às mais duras. Decisões tomadas todo dia, toda hora, todo minuto e todo segundo.

Desde sempre aprendemos que o bom mesmo é saber escolher. Nos sentimos na obrigação de só acertar. Mas na vida não há garantias. E uma escolha não invalida a outra. Não é matar ou morrer. Tudo tem um risco e isso sempre vai ser assim. São 50 por cento de chance de acerto  e também as mesmas 50 por cento de falha. Muitas vezes é difícil reconhecer que erramos, mas isso acontece...

Aquela experiência "falha" ficará com você e junto dela virá o aprendizado. Não faça do ato de decidir ainda mais árduo. Não se cobre para sempre acertar. Suas decisões são um reflexo de quem você é e de onde almeja chegar. Uma decisão não precisa ser eterna. É possível mudar, renunciar e escolher novamente. Um bebê só aprende a andar depois de ter levado tombos e tropeções.

E assim somos nós. A cada passo, uma nova descoberta. Mas se tem algo que dói mais que cair, é saber que você não fez por vontade própria. Quando se deixa influenciarpela opinião alheia ou quando é movido pelo medo. Medo que paralisa e impede de seguir a sua intuição. Ouça amigos queridos, familiares, médicos, psicólogos e gurus, mas nunca deixe se de se ouvir. Ouça seu coração, coloque na balança os riscos e se respeite. Ao tomar um rumo, não se anule. A palavra final tem que ser a sua. Sempre a sua! Nada no mundo é mais satisfatório do que poder ter nas mãos a liberdade de decidir por si.

E se bater aqueles 50 por cento, na dúvida, escolha viver!

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