Luta por cargos, ministro em alta, a bronca de Lula e os bastidores da política municipal

Cargos...

Líderes do Republicanos têm pressionado o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, a liberar para o partido, ainda este ano, cargos de confiança indicados por Márcio França, do PSB, que deixou a pasta em setembro.

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Os salários ficam entre 20 e 30 mil reais por mês. São mais de 20 cargos de alto escalão em São Paulo, Pará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, como a presidência do Porto de Santos, ocupada, por enquanto, pelo ex-advogado de Márcio França, Anderson Pomini.

Em alta

Os embates entre Alexandre Silveira e Lula parecem estar superados. O ministro das Minas e Energia foi elogiado publicamente pelo diretor executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol, após apresentar em Dubai o projeto Combustível do Futuro. Além de regulamentar a emissão de carbono no Brasil, o projeto coloca o país no (longo) caminho da eliminação do uso de combustíveis fósseis na matriz energética. 

OPEP

Até o anúncio feito por Lula de que o Brasil deve ingressar na OPEP como observador, Silveira era o único integrante do alto escalão do governo a defender a medida, por considerá-la estratégica para os planos do Brasil de ser protagonista mundial em energia renovável nas próximas décadas. “Estamos em sintonia pela descarbonização”, afirmou o ministro à coluna, referindo-se ao presidente Lula.

Bronca

Depois de afirmar, em agosto, que o apoio do PT a Guilherme Boulos em São Paulo seria “o caminho da derrota”, o deputado federal Jilmar Tatto foi pressionado pela cúpula do partido, incluindo o presidente Lula, a baixar o tom e ajudar o candidato do PSOL.

Gesto

Durante evento pró Boulos organizado pelo vereador petista Senival Moura, em Guaianazes, Tatto fez questão de mostrar afinidade com o líder das pesquisas, com direito a discurso a favor do passe livre nos ônibus e post em redes sociais.

Quero só ver

De uma liderança próxima a Boulos sobre o gesto de Jilmar Tatto, “Fazer discurso e erguer o braço no reduto eleitoral dos outros é fácil. Quero só ver quantos eventos como esse a família Tatto vai organizar para o Guilherme lá na zona sul, que é a casa deles”.

Privatização da Sabesp

Aprovada na Alesp com direito a vandalismo, prisões e confusão, a privatização da Sabesp vai passar por caminho diferente na Câmara Municipal antes da (muito provável) aprovação. Os vereadores querem garantias de que o passivo ambiental da empresa na cidade, principalmente nos mananciais, será resolvido pela empresa de maneira rápida e definitiva.

In loco

Sidney Cruz, presidente da comissão de análise da privatização da Sabesp, lidera hoje uma comitiva de vereadores para vistoriar trechos da Billings e da Guarapiranga, na zona sul da cidade. “Vamos ver de perto o lodo de fezes que polui e causa doenças. Isso é responsabilidade da Sabesp. Temos que ter certeza que será resolvido”.

Antidemocrático

A determinação da Justiça de suspender a tramitação do projeto que atualiza a Lei de Uso e Ocupação do Solo (e o zoneamento da cidade) na Câmara foi mal recebida pelos vereadores. “Não concordamos, mas temos que cumprir”, afirmou Milton Leite. “Fazem isso depois de 26 audiências públicas com ampla divulgação e forte participação popular”, lembrou o relator Rodrigo Goulart. “É uma decisão antidemocrática que atrapalha o legislativo, mas a Câmara vai reverter”, pontuou o líder do governo Fábio Riva.

(A Câmara conseguiu suspender a liminar na noite desta quinta feira. As audiências públicas serão retomadas na segunda-feira.)

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