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Dia do Autismo: 15 filmes e séries com personagens incríveis para quebrar qualquer tabu

O Diário selecionou uma lista de programas que quebram o preconceito e ensinam sobre a condição de maneira descontraída

Cena do filme "Uma Lição de Amor" (2002), com Dakota Fanning e Sean Penn - Imagem: reprodução/Warner Bros
Cena do filme "Uma Lição de Amor" (2002), com Dakota Fanning e Sean Penn - Imagem: reprodução/Warner Bros

Mateus Omena Publicado em 02/04/2023, às 15h00


Neste domingo (2), é celebrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, data estabelecida em 2007 para conscientizar a sociedade sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e, desse modo, combater a discriminação e o preconceito que cercam as pessoas com a condição 

Veja a seguir uma lista com 15 filmes e séries elaborada pelo Diário de S.Paulo, para incentivar a conscientização a respeito do autismo, de forma divertida: 

Filmes:

  • 1. Uma Lição de Amor

Sam Dawson é um pai com deficiência intelectual que toma conta de sua filha Lucy com a ajuda de um grupo de amigos. Quando a menina faz sete anos e começa a ultrapassar seu pai intelectualmente, a situação chama a atenção de uma assistente social que quer que Lucy seja colocada em um orfanato.

Onde assistir: Apple TV+ e Amazon Prime Video

  • 2. Forrest Gump - O Contador de Histórias

Quarenta anos da história dos Estados Unidos, vistos pelos olhos de Forrest Gump (Tom Hanks), um rapaz com QI abaixo da média e boas intenções. Por obra do acaso, ele consegue participar de momentos cruciais, como a Guerra do Vietnã e Watergate, mas continua pensando no seu amor de infância, Jenny Curran.

Onde assistir: Netflix, Amazon Prime Video, Paramount+ e Telecine

  • 3. Rain Main

Charlie (Tom Cruise) descobre que seu irmão Raymond (Dustin Hoffman), cuja existência ele desconhecia, se torna o herdeiro de US$ 3 milhões após a morte de seu pai. Autista, Raymond é capaz de calcular problemas matemáticos com grande velocidade e precisão. Charlie sequestra o irmão da instituição onde ele está internado para levá-lo para Los Angeles e exigir metade do dinheiro. É durante uma viagem cheia de pequenos imprevistos que os dois entenderão o significado de serem irmãos.

Onde assistir: Amazon Prime Video

  • 4. Farol das Orcas

Uma mãe viaja para a Patagônia com seu filho autista na esperança de que um guarda florestal e um grupo de orcas selvagens possam ajudá-lo a encontrar uma conexão emocional.

Onde assistir: Netflix

  • 5. Flutuar

Um pai descobre que seu filho é diferente das outras crianças da maneira mais incomum. Para mantê-los a salvo do julgamento, o pai o mantém fora de vista. Mas a habilidade do seu filho se torna pública e ele deve decidir se o esconde ou o aceita.

Onde assistir: Disney+

  • 6. Tudo que quero

Em Tudo que Quero, Wendy (Dakota Fanning), uma jovem portadora de autismo, consegue driblar sua cuidadora e escapa com um único objetivo em mente: entregar seu manuscrito para concorrer em uma competição de escrita sobre Star Trek.

Onde assistir: AppleTV+

  • 7. Temple Grandin

Jovem autista luta para ter uma vida normal. Incentivada pelo professor, ela chega à universidade e usa sua sensibilidade e habilidade com os animais para criar uma técnica que revoluciona a indústria agropecuária dos Estados Unidos.

Onde assistir: HBO Max

  • 8. Mary & Max - Uma amizade diferente

Uma solitária garota australiana e um ancião judeu desenvolvem em Nova Iorque uma amizade por meio de cartas.

  • 9. Fitas (Loop)

O sexto curta-metragem do programa "SparkShorts" da Pixar e se concentra em um garoto tagarela e uma garota autista não verbal aprendendo a se entender.

Onde assistir: Disney+

Séries:

  • 10. Uma advogada extraordinária

Uma jovem autista brilhante é contratada por um grande escritório de advocacia. Ela possui um QI alto e uma memória impressionante, mas tem dificuldade com interações cotidianas.

Onde assistir: Netflix

  • 11. The Good Doctor

Um jovem médico com autismo vindo da calma vida do interior começa a trabalhar em um famoso hospital. Além dos desafios da profissão, Shaun Murphy precisa provar sua capacidade a seus colegas e superiores.

Onde assistir: Globoplay

  • 12. Em um mundo interior

Conheça o universo de crianças com transtornos do espectro do autismo. O documentário acompanha o dia a dia de crianças brasileiras de diferentes regiões e classes sociais.

Onde assistir: AppleTV+

  • 13. Stimados Autistas

Adultos autistas diagnosticados tardiamente falam com outro autista sobre como foi crescer sem o diagnóstico, como foi a busca por profissionais e sobre as adaptações feitas após descobrirem que são autistas.

Onde assistir: YouTube

  • 14. Atypical

Sam, um adolescente com traços de autismo, resolve arrumar uma namorada. Sua busca por independência coloca toda sua família em uma aventura de autodescoberta.

Onde assistir: Netflix

  • 15. Amor no Espectro

Encontrar o amor não é fácil. Para jovens com autismo, o mundo das relações amorosas pode ser ainda mais complicado.

Onde assistir: Netflix

O que é o autismo?

Segundo informações do Ministério da Saúde, os transtornos do espectro autista são percebidos na infância e tendem a persistir na adolescência e na idade adulta. Na maioria dos casos, eles se manifestam nos primeiros 5 anos de vida.

As pessoas afetadas pelos TEAs frequentemente têm condições comórbidas, como epilepsia, depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. O nível intelectual varia muito de um caso para outro, variando de deterioração profunda a casos com altas habilidades cognitivas.

De acordo com levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que dentre 214 milhões de habitantes no Brasil, cerca de 2 milhões são autistas.

Apesar de algumas pessoas com TEAs possam viver de forma independente, há outras com deficiências severas que precisam de atenção e apoio constante ao longo de suas vidas.

Especialistas apontam que as intervenções psicossociais baseadas em evidência, como terapia comportamental e programas de treinamento para pais, podem reduzir as dificuldades de comunicação e de comportamento social e ter um impacto positivo no bem-estar e na qualidade de vida de pessoas com TEAs e seus cuidadores.

O diagnóstico deve ser feito por uma equipe multidisciplinar, que geralmente envolve  médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e educadores físicos, além da imprescindível orientação aos pais ou cuidadores. O ideal é que a equipe de especialistas avalie e desenvolva um programa de intervenção personalizado, visto que nenhuma pessoa com autismo é igual a outra.

As intervenções voltadas para pessoas com TEAs devem ser acompanhadas de atitudes e medidas amplas que garantam que os ambientes físicos e sociais sejam acessíveis, inclusivos e acolhedores.

Sintomas:

Os sintomas para o autismo podem ser divididos em 3 grupos:

  • Ausência completa de qualquer contato interpessoal, incapacidade de aprender a falar, incidência de movimentos estereotipados e repetitivos, deficiência mental;
  • O paciente é voltado para si mesmo, não estabelece contato visual com as pessoas nem com o ambiente; consegue falar, mas não usa a fala como ferramenta de comunicação (chega a repetir frases inteiras fora do contexto) e tem comprometimento da compreensão;
  • Domínio da linguagem, inteligência normal ou até superior, menor dificuldade de interação social que permite levar a vida próxima do normal.

Por outro lado, especialistas afirma que o autismo não é uma doença, por é uma condição que não tem cura. Como cada caso é específico, é difícil determinar os limites e os potenciais de uma criança, mas o apoio da família e das pessoas que cercam esses indivíduos é fundamental para o seu desenvolvimento e inclusão. 

Para estimular a conscientização a respeito, uma pesquisa recente prova que o autismo não é uma condição patológica a ser curada, mas sim uma forma legítima e valiosa de funcionamento neurológico.

O estudo foi desenvolvido pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, que aborda o autismo como uma diversidade neurológica, com uma estrutura diferente de funcionamento de cognição, da maneira de se comunicar e de ser relacionar.

Os pesquisadores apontam que essa mudança de ponto de vista incentiva a sociedade à enxergar as potencialidades para inclusão e a se adaptar às diferenças. 

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