O levantamento apontou que 483 mil pessoas estão à procura por trabalho no país
Mateus Omena Publicado em 31/03/2023, às 11h46
A taxa de desemprego no Brasil voltou a subir e atingiu 8,6% dos trabalhadores no trimestre. O índice assusta, após 2023 começar com a primeira alta em 10 meses.
O cenário foi apresentado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) da oscilação positiva, o percentual corresponde à menor taxa para o período desde 2015 (7,5%).
Segundo o instituto, a quantidade de profissionais ainda fora da força de trabalho corresponde a 9,2 milhões de pessoas. O levantamento mostra que a alta de 5,5% no número de desocupados representa um acréscimo de 483 mil pessoas à procura por trabalho no Brasil.
O aumento da desocupação foi notado após seis trimestres de quedas significativas seguidas. No entanto, a melhora do cenário do mercado de trabalho foi muito influenciada pela recuperação no período pós-pandemia.
Entre os meses de dezembro e fevereiro, houve uma queda de 1,6%, o equivalente a 1,6 milhão de pessoas, do quadro de profissionais no mercado de trabalho.
Segundo o IBGE, o empregado sem carteira no setor público (-14,6% ou menos 457 mil), o empregado sem carteira assinada no setor privado (-2,6% ou menos 349 mil pessoas) e o trabalhador por conta própria com CNPJ (-4,8% ou menos 330 mil) foram as categorias mais afetadas no trimestre encerrado em fevereiro.
Por outro lado, o número de empregados com carteira assinada no setor privado se mostrou estável após seis trimestres consecutivos de crescimento significativo.
Em relação ao trimestre anterior, houve redução de 206 mil pessoas na categoria dos empregadores, que agora soma 4,1 milhões de pessoas. Mas, o número de trabalhadores domésticos ficou estável e é estimado em 5,8 milhões. A taxa de informalidade também ficou estável no trimestre (38,9%).
Mesmo não houve crescimento de ocupação em nenhum dos setores pesquisados. Quatro deles tiveram retração no período: administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-2,7%, ou menos 471 mil pessoas), indústria geral (-2,7%, ou menos 343 mil pessoas), agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-2,3%, ou menos 202 mil pessoas) e outros serviços (-3,2%, ou menos 171 mil pessoas).
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