Os novos dados foram extraídos pela Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) e divulgados pelo IBGE
Jessica Anjos Publicado em 28/02/2023, às 12h37
Nesta terça-feira (28), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os novos dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) sobre desemprego no Brasil. De acordo com a pesquisa, a taxa média de desemprego em 2022 caiu 9,3% no país, menor índice dos últimos sete anos.
Os números positivos chegam depois da melhora no mercado de trabalho em relação ao período pré-pandemia do coronavírus. Em 2019, o desemprego chegou a 11,9%. A melhora é de 3,9 pontos percentuais quando comparamos com o ano de 2021, naquele ano, a taxa de desemprego estava em 13,2%.
"O ano de 2021 foi de transição, saindo do pior momento da série histórica, sob o impacto da pandemia e do isolamento ocorrido em 2020. Já 2022, marca a consolidação do processo de recuperação", afirmou Adriana Beringuy, responsável pela área de Trabalho e Rendimento do IBGE, em entrevista ao UOL.
Apesar da notícia positiva, ainda estamos longe da melhor marca de desemprego já registrada no Brasil que aconteceu em 2014 chegando a 6,9%.
Empregos sem carteira bateu recorde em 2022, crescendo 14,9%. O número de empregados nesse estilo de trabalho passou de 11,2 milhões para 12,9 milhões de pessoas.
De acordo com o IBGE, o número de trabalhadores doméstricos também subiu cerca de 12,2% em 2022, chegando a 5,8 milhões de pessoas. Cidadãos que trabalham por conta marcam 25,5 milhões, número que teve alta de 2,6% em relação ao ano anterior.
Nos últimos dois anos, é possível visualizar um crescimento tanto do emprego com carteira quanto do emprego sem carteira. Porém, é nítido que o ritmo de crescimento é maior entre os sem carteira assinada", apontou Adriana.
Em relação ao rendimento do brasileirohouve uma queda de 1%, já descontada a inflação, o que significa uma perda de R$ 28. De acordo com o IBGE, o redimento médio real foi estimado em R$ 2.715 no ano de 2022.
Antes da pandemia, em 2020 por exemplo, o valor médio era de R$ 3.013.
Em contrapartida o rendimento do país de modo geral, cresceu, o que significa que houve mais dinheiro em circulação. O total chegou a R$ 261,3 bilhões, chegando a um novo recorde. Quando comparado com 2021, o aumento foi de 6,9%.
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