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Após aprovação da reforma tributária, dólar cai 1,05%

A aprovação aconteceu na madrugada desta sexta-feira (07)

Após aprovação da reforma tributária, dólar cai 1,05% - Imagem: reprodução Canva
Após aprovação da reforma tributária, dólar cai 1,05% - Imagem: reprodução Canva

Vitória Tedeschi Publicado em 07/07/2023, às 11h10


O dólar caiu caiu 1,05% após a notícia de que a Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta sexta-feira (07) o texto-base da PEC da Reforma Tributária.

A queda foi um reflexo do anúncio da proposta que tem como objetivo modificar a forma como os impostos são cobrados atualmente no Brasil, uma discussão que já se arrasta há mais de 30 anos.

Às 11h22, a moeda americana caia -1,05%, cotada a R$ 4,86. Mais cedo, o dólar até chegou a registrar variação positiva, por volta das 9h15, mas a alta não se sustentou.

Vale citar que o valor em questão é do dólar comercial, que é o câmbio mais utilizado em negociações internacionais, como importações e exportações. Ou seja, para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Aprovação da reforma tributária

Na madrugada desta sexta-feira (07), a Câmara dos Deputados aprovou o texto-base da PEC da reforma tributária. A proposta tem como objetivo modificar a forma como os impostos são cobrados atualmente no Brasil, uma discussão que já se arrasta há mais de 30 anos.

De acordo com o governo, com a reforma, a carga tributária total do país não vai aumentar. Na prática, isso significa que eventuais aumentos em um setor serão compensados com reduções em outros. A alíquota padrão de imposto que será aplicada sobre bens e serviços ainda não foi definida, mas estudos do governo indicam algo em torno de 25%.

Impostos extintos

A partir da aprovação do texto, cinco impostos serão eliminados: IPI (federal), PIS (federal), Cofins (federal), ICMS (estadual) e ISS (municipal).

A proposta prevê a criação de um IVA (Imposto sobre Valor Agregado) dual. Será criado o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que substituirá o ICMS dos Estados e o ISS dos municípios, e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que vai unificar os tributos federais: PIS, Cofins e IPI, com base ampla e não cumulatividade plena na cadeia de produção - ou seja, sem tributação em cascata.

A previsão do governo é de que se forme três alíquotas. Haverá a alíquota única, como regra geral, uma alíquota reduzida em 50% e uma alíquota zero para itens como medicamentos, Prouni e produtor rural pessoa física. Além disso, o imposto será cobrado no destino (local do consumo do bem ou serviço), e não na origem, como é hoje, segundo o UOL.
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