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Câmara vota hoje liberação de som sem fiscalização para templos religiosos

A Câmara de Rio Preto vota nesta terça-feira (26) projeto que libera templos religiosos para usar o som sem fiscalização da Prefeitura por meia hora em dois

Câmara vota hoje liberação de som sem fiscalização para templos religiosos
Câmara vota hoje liberação de som sem fiscalização para templos religiosos

Redação Publicado em 26/06/2018, às 00h00 - Atualizado às 14h10


Pastores defendem a proposta, mas chamam a atenção para os abusos; há muitos templos em bairros residenciais. Liberação está restrita há meia hora em dois dias

A Câmara de Rio Preto vota nesta terça-feira (26) projeto que libera templos religiosos para usar o som sem fiscalização da Prefeitura por meia hora em dois dias da semana. A proposta tem apoio de todos os segmentos religiosos. O período será entre nove horas e vinte e uma horas.  Segundo Dornelas, o templo deverá afixar cartaz no mural de informações ou outro local de fácil visibilidade os dias de principais atividades, para fins de fiscalização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo e outros órgãos, bem como, dar ciência por meio de ofício à mesma secretaria, permitindo assim a regular fiscalização.

Na justificativa, Dornelas aponta a falta de legislação que trate do assunto. “Diante da ausência da União não editar normas gerais referentes aos limites para emissão sons e ruídos no tocante as atividades religiosas desenvolvidas pelos templos das diversas crenças, entende-se com amparo no Artes. 24 e 30 da Constituição Federal, que a competência é concorrente, por tratar-se de localidade, uma vez que parâmetros adotados na cidade não atentam o interesse local, principalmente, porque o Plano Diretor encontra-se em fase de discussão e a Lei de Zoneamento está desatualizada”, explica.

O plenário vota o projeto em segunda discussão. A previsão é de que as galerias da Câmara sejam tomadas por pastores, padres, espíritas e outros líderes religiosos. O Conselho de Pastores não se posicionou sobre a proposta. Pastores ouvidos pelo Bom Dia, defenderam o projeto, observando a necessidade de respeitar moradores das imediações dos templos. Alguns temem que a lei seja mal interpretada e cause transtornos.

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