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Câmara Municipal de SP faz ato ecumênico em homenagem a Bruno Covas

Nunes chorou ao terminar sua fala.

Câmara Municipal de SP faz ato ecumênico em homenagem a Bruno Covas
Câmara Municipal de SP faz ato ecumênico em homenagem a Bruno Covas

Redação Publicado em 20/05/2021, às 00h00 - Atualizado às 17h14


Nunes chorou ao terminar sua fala.

“Esse era o Bruno Covas. Todos os dias durante a pandemia e depois. Eu vim saber agora, que mesmo com dor, ele não arredou o pé. Cuidando da cidade, querendo saber quantos leitos tinha, querendo saber da vacina, cobrando todo mundo. A gente perdeu um cara que o coração maior dessa cidade. Agora nos cabe, a mim, se Deus me colocou aqui é porque tinha que estar aqui. Podemos ter nossas divergências políticas, mas precisamos nos unirmos todos para fazermos dessa cidade uma cidade mais justa, uma cidade que atenda a todos aqueles que precisam do poder público.”

Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo.

“Com quem o Bruno já brigou? Não tem. Um líder respeitado por todos os partidos, por todos os setores, por todas as religiões, um jovem de 41 anos, agregador, que eu não tenho dúvida seria mais do que prefeito de São Paulo. Tinha na essência a política de agregar, de dialogar. A defesa intransigente da democracia, de cuidar dos mais necessitados, dos vulneráveis, mas também de conduzir uma cidade ao progresso. Tinha o carinho de todos.”

Dom Carlos Lema Garcia, bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, representando Dom Odilo Pedro Scherer, da Igreja Católica.

“Sobre o lema do Bruno Covas ‘força, foco e fé’, gostaria de ressaltar o terceiro item. A fé é onde temos que nos apoiar nesse momento. Todos os líderes que falaram aqui professaram a fé na ressureição, a vida após a morte. Nós temos essa consciência que nossa vida é limitada, a morte é uma realidade. E nós precisamos de uma resposta à realidade da morte.”

“Quando Deus leva de nós uma pessoa muito querida, especialmente jovem, que tem uma influência grande na vida de milhões de pessoas, como é caso do prefeito da maior cidade do país, todos nós estamos tristes e ao mesmo tempo o que nos traz ao coração é a necessidade de rezar. Ao mesmo tempo que a morte entristece, a promessa da imortalidade consola.”

Rabino Rabino Adrian Gottfried, Líder da Comunidade Shalom.

“Fico grato pela oportunidade de prestar uma homenagem merecida ao prefeito Bruno Covas, que nos deixou tão prematuramente. Na religião judaica nós acreditamos que cada ser humano tem dentro de si algo chamado em hebraico ‘Neshama’, que tem diferentes traduções, alguns chamam de alma, mas não é exatamente igual. E essa Neshama é eterna, é divina. E nós nos despedimos do prefeito Bruno Covas apenas da parte física. Sua Neshama está na nossa cidade”

Padre Gregório Teodoro, da Igreja Ortodoxa Antioquina.

“Jesus diz no Santo Evangelho que se o grão de trigo caindo na terra não morrer, fica só. Mas se morrer, produz muito fruto. Assim entendemos que a própria morte é semente de ressurreição. Ela não é extinção, não é fim. Cremos que a vida depois dessa é também dinâmica e deve nos levar cada vez mais perto de Deus.”

Yalorixá Mãe Izildinha, Sacerdotisa do Culto Africano de Isese Lagba.

“O que falar do senhor Bruno Covas? Não tive a oportunidade de conhecê-lo, o encontrei em algumas situações, mas não tivemos nenhum diálogo. Nós acreditamos que, neste momento, ele, como todos nós, um dia vamos retornar ao nosso lugar de origem, virando assim a nossa ancestralidade, o respeito aos nossos ancestrais.”

“Se hoje nós estamos aqui é porque antes tivemos alguém que plantou, no caso do Bruno é o senhor Mário Covas. Então, a gente torce e deseja, prefeito (se dirigindo a Ricardo Nunes), que o senhor tenha o mesmo amor, a mesma dedicação, mesmo respeito e que possamos ter alegria, retorno. O que foi que Bruno Covas nos deixou? Ele deixou dedicação e amor. Ele não pensou na dor dele, mas sim daqueles que um dia acreditaram nele.”

Humberto Aragão, pastor da Igreja Batista do Morumbi.

“Olhando essas fotos e ouvindo cada um de vocês, eu fico imaginando aqui a personalidade desse homem, a generosidade, a liderança, o amor que ele demonstrava para cada um de vocês, que estão mais próximos dele. Eu não convivi com ele, não o conheci, mas, através do Isac Félix (PL), que é um vereador aqui na casa, eu o conhecia profundamente, pelo coração, pela alma desse homem.”

Sheik Jihad Hammadeh, vice-presidente da União Nacional Islâmica.

“Estamos aqui, reunidos, nos lembrando das boas ações, da pessoa generosa, da pessoa sem preconceitos que era o nosso prefeito Bruno Covas. Uma pessoa que de forma alguma fazia distinção entre as pessoas ou religiões. E eu falo ‘religiões’ porque ele visitou vários templos, respeitava todos os credos. E garantia, quando falava com todos, parecia que ele fazia parte daquele credo. Ele nos visitou várias vezes nas mesquitas e garantiu para nós que todos na sua administração eram respeitados, seriam respeitados.”

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G1
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