Ela foi encontrada no Maranhão durante a última terça-feira (14)
Thais Bueno Publicado em 16/03/2023, às 15h15
De acordo com informações da polícia, apuradas pelo G1, a menina foi levada da porta da escola em Sepetiba, localizada na zona oeste do Rio de Janeiro até Divinéia, em São Luís, em um carro de aplicativo.
No total, foram 3,1 mil quilômetros de viagem, em pelo menos dois dias de viagem, na corrida que custou R$ 4 mil. O criminoso foi identificado como sendo o açougueiro Eduardo da Silva Noronha, de 25 anos.
Em uma das conversas antigas, inclusive, o suspeito até chega a dizer para a menina que tinha intenção de morar com ela no futuro - o que, na polícia, foi tratado como um indício da premeditação do crime contra a menor.
Ainda segundo o veículo já mencionado acima, a vítima só conseguiu pedir socorro quatro dias depois de ter sido sequestrada pelo homem. Ela foi extremamente esperta e aproveitou um momento de maior distração do bandido.
Quando ele a levou para comprar roupas em uma loja, a garota conseguiu ter acesso ao Wi-Fi (rede de internet) do estabelecimento e conectou o celular. Nisso, ela foi capaz de acessar o Instagram e mandar um pedido de ajuda para a irmã.
Ellen Solto, responsável pelo caso e titular da Delegacia de Descoberta de Paradeiros, afirmou que o suspeito tinha pedido acesso à rede de internet da loja para fazer um PIX e poder pagar as compras de roupas que fez para a menor de idade.
"Ela [a menor] aproveitou a senha para acessar o Instagram e mandar uma mensagem para a irmã, dizendo que estava numa quitinete, não sabendo explicar onde era".
"As únicas mensagens enviadas diziam queela ficava trancada o dia inteiro e não tinha nenhuma possibilidade de fuga. Começamos a levantar num raio ao redor desse estabelecimento comercial as quitinetes a partir das características fornecidas pela vítima no pedido de socorro", detalhou.
Eduardo da Silva Noronha também irá responder por estupro de vulnerável - ele negou ter violentado sexualmente a menina, mas a beijou: de acordo com a legislação brasileira, mesmo quando não existe a relação sexual, o abuso contra menores de 14 anos é tipificado desta maneira.
A delegada Ellen Souto ainda pontuou que, em seu depoimento, a garotinha disse que o criminoso até fez um documento falso para ela, com o objetivo de que pudessem cruzar o país sem problemas. O caso segue sob investigação das autoridades.