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Prefeitura de SP começa nesta segunda a reter cópia da receita de vacinados da Covid-19 para evitar fraudes

A Prefeitura de São Paulo começa nesta segunda-feira (31) a reter cópias das receitas e atestados de pessoas com comorbidades que tomarem a vacina contra

Prefeitura de SP começa nesta segunda a reter cópia da receita de vacinados da Covid-19 para evitar fraudes
Prefeitura de SP começa nesta segunda a reter cópia da receita de vacinados da Covid-19 para evitar fraudes

Redação Publicado em 31/05/2021, às 00h00 - Atualizado às 07h43


Mudança acontece depois que reportagem do G1 mostrou a venda ilegal de receitas médicas no Centro de SP para furar a fila da vacina.

A Prefeitura de São Paulo começa nesta segunda-feira (31) a reter cópias das receitas e atestados de pessoas com comorbidades que tomarem a vacina contra a Covid-19 na cidade, para evitar fraudes na fila da imunização.

A medida foi anunciada no sábado (29) pelo secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, e acontece depois da reportagem do G1 que mostrou a venda ilegal de receitas médicas no Centro de São Paulo para furar a fila da vacina.

O objetivo, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), é apurar a veracidade dos documentos apresentados e evitar fraudes contra os grupos prioritários na vacinação.

De acordo com Aparecido, a retenção das receitas será por amostragem, para que sejam auditados esses atestados e laudos, com o objetivo justamente de impedir fraudes como as flagradas pelo G1, buscando os autores do crime e impedindo que pessoas sem doenças furem a fila da imunização.

“As unidades de saúde irão reter uma cópia dos atestados e receitas médicas de algumas doenças mais comuns, como hipertensão, para que se possa fazer depois uma averiguação da veracidade desses documentos, para que uma eventual fraude seja bloqueada”, disse Aparecido.

“Serão alguns tipos de doença com cópia retida porque, nos casos de comorbidades mais raras, é fácil constatar se o paciente tem aquela doença ou não e a origem da receita. Nós estamos criando essa logística para que esse tipo de fraude não volte a acontecer”, completou o secretário.

Aparecido também afirmou que a médica da rede municipal de saúde que aparece na assinatura da receita fraudada comprada pelo G1 no Centro de São Paulo afirmou que desconhecia o uso do registro dela no esquema e vai registrar queixa na Polícia Civil contra os fraudadores.

“A cópia da receita será feita para que, em seguida, a gente possa fazer a pesquisa seja da compra do remédio, da procedência do atestado e sobre o médico que deu o atestado, através do CRM”, declarou Edson Aparecido.

O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido.  — Foto: Divulgação/PMSP
O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido. — Foto: Divulgação/PMSP

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que a retenção passa a ser adotada após sugestão do Ministério Público (MP) e que o processo de retenção das cópias será feito em todas as unidades de saúde utilizadas na campanha de imunização.

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G1

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