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Prédio onde funcionava Secretaria de Saúde de Olímpia está abandonado e depredado

Prédio onde funcionava a Secretaria de Saúde de Olímpia (SP) está abandonado e depredado. A Sociedade Beneficência Portuguesa, que cedeu o local para o

Prédio onde funcionava Secretaria de Saúde de Olímpia está abandonado e depredado
Prédio onde funcionava Secretaria de Saúde de Olímpia está abandonado e depredado

Redação Publicado em 01/04/2017, às 00h00 - Atualizado às 12h14


Prédio onde funcionava a Secretaria de Saúde de Olímpia (SP) está abandonado e depredado. A Sociedade Beneficência Portuguesa, que cedeu o local para o município há 24 anos, quer de volta o prédio, mas não sujo, cheio de lixo, depredado e abandonado, com direito até a um equipamento radioativo jogado de qualquer jeito.

O ex-secretário de governo da gestão Geninho Zuliani, que esteve à frente da administração até o ano passado, disse que o ex-prefeito espera que a sindicância da atual administração apure os responsáveis pelo que aconteceu.

Até o ano passado, no prédio funcionava a sede da Secretaria de Saúde de Olímpia, a Vigilância Epidemiológica e o Centro de Especialidades Odontológicas. O prédio que parece abandonado há séculos e que já foi um hospital foi entregue aos antigos donos em dezembro e, pelo acordo firmado há 24 anos, não poderia estar desse jeito.

Por isso o caso foi parar na Justiça. “Foi dado o prédio em 1992 para que Olímpia continuasse os serviços hospitalares que a sociedade tinha aqui. Por meio de ata, era característica a obrigação de manter o hospital aberto. Além dos alugueis, tem uma ação para que devolva o prédio como hospital, que era quando eles pegaram o local”, afirma Luís Gustavo Alessi, presidente da Sociedade Beneficência Portuguesa.

O que chama a atenção é que o prédio está fechado há apenas três meses. Em uma sala, por exemplo, tem caixas deterioradas com documentos e prontuários de pacientes que, por lei, devem ser guardados em local seguro por 20 anos.

Além disso, foram deixadas centenas de caixas de remédios, alguns de alto custo, todos vencidos recentemente. Até parte de uma máquina de Raio-X está jogada e apresenta risco ambiental porque pode conter material radioativo. “Temos de pensar que temos documentos, temos de descartar medicamentos é uma outra equipe, esse material do Raio-X. São várias frentes de trabalho para limpar o local”, afirma a secretária de Saúde Lucinéia dos Santos.

De acordo com a ação judicial, a antiga administração além de não cumprir o contrato que era manter um hospital no local, deixou o prédio se deteriorar e sumiu com equipamentos. Outros foram encontrados abandonados. “Como era um hospital, todos equipamentos deveriam estar aqui e ter adequado com o tempo, muita coisa foi modernizada”, diz o presidente da sociedade.

Agora, o atual prefeito tem até 30 dias para limpar e dedetizar o local. Fernando Cunha diz que se assustou com as péssimas condições deixadas pelo seu antecessor e que já abriu uma sindicância pra apurar essas irregularidades. “Vamos cuidar de tirar primeiro o que pode colocar em risco a saúde pública, em segundo a limpeza, e fazer as tratativas para recuperar o prédio”, afirma.

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