País com a maior taxa de mortalidade por Covid-19 no mundo, o Peru superou, na sexta-feira (15), os 2,5 milhões de casos confirmados, informou o Ministério da
Redação Publicado em 15/01/2022, às 00h00 - Atualizado às 14h30
País com a maior taxa de mortalidade por Covid-19 no mundo, o Peru superou, na sexta-feira (15), os 2,5 milhões de casos confirmados, informou o Ministério da Saúde.
As novas infecções se devem à expansão da variante ômicron, que levou ao recorde de 39.080 novos casos da doença nas últimas 24 horas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a ômicron é a variante dominante no mundo.
Desde o início da pandemia, em março de 2020, o país andino acumulou 2.512.789 casos e 203.302 mortes, conforme balanço oficial divulgado ontem. O Peru tem 33 milhões de habitantes.
Na região, que registra mais de 300.000 casos por dia, o Peru é o terceiro com mais óbitos, atrás de Brasil e México, com 620.000 e 300.000, respectivamente.
Em Lima, onde vive quase um terço dos 33 milhões de habitantes do Peru, 82% dos novos casos estão ligados à ômicron, segundo as autoridades.
Desde que o primeiro caso dessa variante foi relatado em 19 de dezembro, o Peru registrou mais de 246.000 novos casos. Isso representa 9,8% do total de casos em apenas quatro semanas.
“Este é um problema internacional, onde a transmissão é extremamente simples e fácil. Infelizmente, a ômicron tem uma alta taxa de transmissão”, afirmou o infectologista Eduardo Gotuzzo à AFP.
A variante ômicron “tem transmissão rápida e agressiva, mas, felizmente, baixa mortalidade e hospitalização. No entanto, os sistemas de saúde estão paralisados”, acrescentou o médico Gotuzzo, que também é professor da Universidade Cayetano Heredia.
O ministro da Saúde, Hernando Cevallos, disse esta semana à imprensa que a ômicron “afetará todo sistema de saúde do país”, atingindo, principalmente, seu nível básico de atendimento nos postos e centros de saúde.
“Em cada região do mundo, existem variantes. Duram cerca de três meses e depois surge outra”, disse Gotuzzo.
Ele ressaltou, porém, que, devido ao alto percentual de vacinados no Peru, as pessoas infectadas apresentam sintomas leves do vírus.
Na quarta-feira, o ministro Cevallos confirmou que os não vacinados representam 90% dos pacientes nas unidades de terapia intensiva. “Eles estão enchendo nossas UTIs”, alertou.
O governo peruano conseguiu imunizar mais de 80% da população com mais de 12 anos. Mais de 22 milhões de pessoas receberam as duas doses da vacina, enquanto quase 6 milhões já têm o reforço.
O governo também está programado para vacinar crianças entre 5 e 11 anos a partir da próxima semana.
Com a explosão de casos relacionados com a variante ômicron, desde a semana passada, longas filas de pessoas passaram a serem atendidas em Lima para se submeterem a teste de detecção do coronavírus ou para serem imunizadas em hospitais e postos de vacinação da capital.
A média semanal de casos de Covid-19 passou de 1.500, em meados de dezembro, para mais de 20.000, na semana compilada até a última quinta-feira.
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