A Organização das Nações Unidas e a União Europeia pediram calma nesta terça-feira (4) e alertaram sobre o uso de força excessiva em meio a novos protestos
Redação Publicado em 05/05/2021, às 00h00 - Atualizado às 08h26
A Organização das Nações Unidas e a União Europeia pediram calma nesta terça-feira (4) e alertaram sobre o uso de força excessiva em meio a novos protestos contra o governo do presidente colombiano, Iván Duque, enquanto autoridades locais de Cali, epicentro dos atos, informaram sobre mais 5 mortos e 33 feridos.
Os protestos – originalmente convocados em oposição a uma reforma tributária agora cancelada – se tornaram um amplo grito por ação contra a pobreza, e o que os manifestantes e alguns grupos de defesa dizem ser violência policial.
Há quase uma semana, a cidade de Cali, no oeste do país, foco dos protestos, é o local onde ocorreram 11 das 19 mortes confirmadas por Carlos Camargo, ombudsman de Direitos Humanos do país andino na segunda-feira.
A polícia nacional disse que investigará mais de duas dezenas de acusações de brutalidade, enquanto o ministro da Defesa alegou que grupos armados ilegais estão se infiltrando nos protestos para causar violência.
“Preliminarmente, o que sabemos é que cinco pessoas morreram (e …) 33 ficaram feridas”, disse a jornalistas, nesta terça-feira, o secretário de Segurança de Cali, Carlos Rojas, referindo-se à noite anterior.
De acordo com o ombudsman dos Direitos Humanos, cerca de 87 pessoas foram declaradas desaparecidas em todo o país desde o início dos protestos.
O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos pediu calma e alertou sobre tiroteios policiais.
“Estamos profundamente alarmados com os acontecimentos durante a noite na cidade de Cali, na Colômbia, onde a polícia abriu fogo contra manifestantes que protestavam contra as reformas tributárias”, disse hoje, em comunicado, a porta-voz Marta Hurtado.
A União Europeia também apelou às forças de segurança para evitar uma resposta pesada.
Os protestos causaram, até agora, a retirada da reforma original e a renúncia do ministro das Finanças, Alberto Carrasquilla.
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REUTERS
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