Novas internações por Covid dobram em SP em 14 dias; secretaria não divulga dados de mortes e casos desde sexta

Secretaria Estadual da Saúde afirmou que não divulgou informações por conta de problema em sistema federal, mas não informou qual foi o problema. Ministério da Saúde não respondeu até a publicação desta reportagem

As novas internações por Covid-19 continuam crescendo no estado de São Paulo, e já voltaram ao mesmo patamar verificado em fevereiro deste ano. Nos últimos 14 dias, a média diária de novos pacientes internados em leitos de enfermaria e UTI dobrou, saltando de 245, no dia 23 de maio, para 493 neste domingo (5).

O valor de novas internações ainda é muito inferior ao verificado no pico da pandemia, em março de 2021, e também no ápice deste ano, registrado no final de janeiro. No entanto, a alta é sinal de alerta para os especialistas de saúde sobre a possibilidade de uma nova onda da doença.

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A média atual já representa aumento de mais de 230% em relação a abril deste ano, quando as novas internações atingiram o menor valor da pandemia, com média de 146 por dia (Veja no gráfico abaixo).

Sem dados de monitoramento

Em meio à nova alta da doença, a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo não divulga os dados de casos e mortes diárias de Covid-19 desde sexta-feira (4). Segundo a pasta, o motivo foi um “problema no sistema federal de notificação de dados”.

O g1 questionou a secretaria sobre a previsão para normalização das notificações, e se o problema está relacionado à inserção das informações nas unidades de saúde, assim como aconteceu durante o apagão de dados de dezembro, ou se a falha está relacionada à contabilização (extração) das informações pelo estado. No entanto, não houve resposta até a publicação desta reportagem.

A reportagem também pediu um posicionamento do Ministério da Saúde, mas não obteve resposta até a publicação do texto.

Os dados de internações são contabilizados em um sistema próprio do estado, diferente do de casos e mortes, que são inseridos no Sivep-Gripe e no E-SUS do governo federal.

Agência Brasil