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Um ano após iniciar fase 1 da Butanvac, Butantan ainda tenta autorização para continuar estudo

Instituto Butantan submeteu pedido para as fases 2 e 3 no mês passado, e Anvisa diz que pediu readequações antes de autorizar o protocolo

Butantan ainda tenta autorização para continuar estudo - Imagem: Reprodução / Grupo Bom Dia
Butantan ainda tenta autorização para continuar estudo - Imagem: Reprodução / Grupo Bom Dia

G1 Publicado em 14/07/2022, às 06h51


Anunciada como uma alternativa brasileira e mais barata para imunizar a população contra a Covid-19, a vacina Butanvac ainda não tem autorização para o início das fases 2 e 3 do estudo clínico de desenvolvimento. A fase 1, iniciada há um ano, em 9 de julho de 2021, só foi concluída em fevereiro deste ano, e os resultados foram apresentados em 30 de maio.

Segundo o Instituto Butantan, o pedido de autorização para iniciar as duas fases finais do estudo foi submetido em 8 de junho à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Em nota à TV Globo, a Anvisa afirmou que na última sexta-feira (8) “houve uma reunião em que os especialistas da Anvisa discutiram e orientou o IB [Instituto Butantan] sobre as adequações necessárias na proposta de protocolo clínico”.

Tecnologia consagrada e mais barata

A Butanvac, anunciada pela primeira vez em março de 2021, usa uma tecnologia conhecida como “produção por inoculação em ovo embrionado”. Segundo o Butantan, ela usa como vetor o vírus da Doença de Newcastle, que infecta aves, mas não provoca sintomas em humanos. Por isso, o vírus se desenvolve dentro de ovos de galinha embrionados, mas com alto grau de segurança para a população.

O processo é o mesmo da produção da vacina contra a Influenza e, por isso, a fábrica já existente no Butantan é capaz de produzi-la em escala industrial sem necessidade de investimentos de infraestrutura.
Mas, apesar das facilidades na etapa de produção da vacina, foi na etapa do desenvolvimento, com a pesquisa clínica em voluntários, que o instituto encontrou as maiores dificuldades.

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