Por Dr. Gustavo Patury
Redação Publicado em 18/04/2022, às 00h00 - Atualizado às 14h35
Por Dr. Gustavo Patury
A vesícula tem um formato que lembra uma pera e fica localizada abaixo da porção esquerda do fígado. Ela tem a função de armazenar bile, um líquido produzido pelo fígado que ajuda na digestão das gorduras. A bile é formada por várias substâncias, entre elas o colesterol, que é um dos grandes responsáveis pela formação dos chamados cálculos biliares ou pedras na vesícula, como são conhecidos popularmente.
Em alguns casos essas estruturas não provocam sintomas e são descobertas através de exames de rotina. Em outras pessoas elas causam dor intensa do lado direito do abdômen que se irradia para a parte de cima do tórax e fica mais forte cerca de meia hora após a refeição. O incômodo pode ser acompanhado ainda por febre, náuseas e vômito. Esses podem ser sinais de que aconteceu alguma complicação. Um exemplo é a chamada colecistite aguda que ocorre quando a pedra obstrui o duto por onde sai a bile, levando a inflamações na região e no peritônio, o tecido que reveste a parede interna do abdômen. Pode ocorrer ainda perfurações no intestino delgado ou no cólo, que causam sangramentos e infecções, coledocolitíase, no caso dos cálculos ficarem no duto que transporta a bile, e colangite e papilites que são inflamações nas vias biliares. E o quadro mais grave deles é a pancreatite, uma inflamação no pâncreas, que pode levar à morte.
“Por apresentar esses riscos, diante da presença dos cálculos biliares, que são mais comuns nas mulheres, em quem tem mais de 40 anos, está acima do peso ou tem histórico familiar do caso, retiramos a vesícula toda cirurgicamente, mesmo quando não há sintomas”, diz Gustavo Patury Accioly, cirurgião do aparelho digestivo de São Paulo. E essa atitude é muito acertada, pois os indivíduos que têm as pedras e não são operados têm um risco de 30 a 50% de apresentarem uma complicação, o que os obriga a fazer uma operação de emergência.
O procedimento pode ser feito por laparoscopia ou robótica. A segunda opção é mais do que bem-vinda, pois oferece uma visão melhor ao cirurgião do que está acontecendo dentro do corpo do paciente, permite movimentos que não são possíveis com os instrumentos da laparoscopia sem a mudança na posição do cirurgião e é mais precisa, já que não há o risco de ele tremer, como pode acontecer com a mão do médico. Graças a tudo isso, a recuperação do paciente costuma ser mais rápida, leva entre 5 e 10 dias, menos desconfortável e com menos chances de complicações.
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