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ALERTA

AVC pode se tornar uma epidemia global com milhões de mortes previstas até 2050

Um estudo recente alerta para o risco de milhões de mortes por AVC

AVC pode se tornar uma epidemia global - Imagem: Reprodução / Freepik
AVC pode se tornar uma epidemia global - Imagem: Reprodução / Freepik

Sabrina Oliveira Publicado em 02/10/2024, às 10h48


Um novo estudo publicado na revista The Lancet Neurology traz uma previsão alarmante sobre o futuro do acidente vascular cerebral (AVC). Segundo a pesquisa, até 2050, a doença poderá ser responsável por mais de 9,7 milhões de mortes em todo o mundo, o que a torna uma das principais preocupações de saúde pública global.

O AVC, que já é uma das principais causas de morte e incapacidade, tem suas taxas elevadas em um contexto onde a poluição do ar e as temperaturas extremas estão se tornando cada vez mais comuns. A pesquisa indica um aumento de 70% nos casos de AVC entre 1990 e 2021, enfatizando a contribuição negativa da poluição na hemorragia cerebral fatal. Entre 1990 e 2021, a poluição do ar foi responsável por 14% das mortes relacionadas a AVC, evidenciando a urgência de ações para mitigar essa questão.

A coordenadora da Neurologia Vascular do Hospital São Paulo, Gisele Sampaio, destaca que a combinação de exposição a poluentes e temperaturas elevadas forma um cenário de risco significativo. A inalação de partículas nocivas pode desencadear inflamações nos vasos sanguíneos e nos pulmões, elevando as chances de desenvolvimento de AVC e infarto agudo do miocárdio.

Fatores de risco como hipertensão, colesterol elevado, sobrepeso e sedentarismo são também cruciais para o surgimento da doença. A Organização Mundial do AVC aponta que a incidência será mais alarmante em países de baixa e média renda, onde o acesso a cuidados de saúde é limitado.

Os sintomas do AVC podem surgir de forma súbita e incluem paralisia de um lado do corpo, dificuldade para falar, problemas de visão, tontura e dor de cabeça. Em situações como essa, um atendimento rápido é vital para aumentar as chances de recuperação e minimizar sequelas.

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