O Dr. Cadu Crevelario apontou os cuidados após o procedimento
Vitória Tedeschi Publicado em 19/07/2023, às 11h20
A morte da jovem Isadora Belon Albanese, de 18 anos, por complicações provocadas pela retirada dos dentes do siso, em Porto Feliz, interior de São Paulo, repercutiu nas redes sociais e iniciou um grande debate sobre os riscos do procedimento.
A jovem retirou dois dentes em 10 março de 2023 e fez a segunda cirurgia, para retirar os outros dois, em 19 de abril. Depois disso, Isadora relatou aos pais estar sentindo muita dor. Ela foi internada três dias depois, fez uma cirurgia para drenar a infecção na região da boca, mas morreu após uma parada cardíaca.
Em meio a diversas dúvidas e o receio de realizar a retirada dos sisos, o dentista Cadu Crevelario afirmou que os pacientes precisam seguir alguns cuidados após o procedimento para evitar complicações, mas reforçou que a cirurgia é segura.
"Após a extração, é normal haver um pouco de sangramento e dor no local, mas tudo dependerá do quão traumático foi a cirurgia para a realização da exodontia do elemento dentário. Se foi uma cirurgia que levou mais tempo que o normal, é provável que tenha sido mais traumático e a recuperação pode ser mais difícil do que o esperado, onde o processo de cicatrização acaba sendo mais rápido", explica ele.
"As recomendações incluem não fazer esforço pelas próximas 24h e esperar 7 dias para retornar à atividades físicas, não cuspir para evitar a formação de coágulos, optar por alimentos macios e frios, além de tomar a medicação adequadamente, ter boa escovação sem fazer esforço e utilizar 0,12% clorexidina sem fazer bochechos. Para isso, indicamos colocar o líquido na área, deixar durante um minuto e, após, escorrer pela boca", continua Cadu.
Assim como toda intervenção cirúrgica, a retirada dos sisos também traz riscos e chances de complicação. Entretanto, especialistas afirmam que este é um procedimento seguro. Cadu alerta quando procurar atendimento médico.
O ideal é que a dor comece a regredir dentro de 24 a 48 horas após a extração. Logo, se houve uma melhora e voltou a doer de forma repentina, principalmente acompanhada de mau hálito, inchaço ou sangramento, pode ser sinal de um processo inflamatório", alerta.
"Também devemos estar atentos, no caso dos sisos superiores, ao risco de comunicação entre a boca e o seio maxilar, que forma a cavidade nasal, onde o dentista consegue reverter tratando a complicação. Já nos sisos inferiores, há o risco de ter contato com o nervo alveolar inferior, podendo trazer parestesia temporária ou permanente", afirma o especialista.
Sobre o caso de Isadora, ele pondera: "O que aconteceu foi uma fatalidade já que, de fato, essa é uma cirurgia extremamente segura. Não podemos opinar sobre quem errou sem uma perícia bem feita, mas acredito que ocorreu um processo infeccioso após o procedimento, e essa infecção só aumentou, causando uma infecção generalizada e levando a paciente à óbito", pontua.
"Por isso, é muito importante entender o histórico do paciente de forma detalhada a fim de evitar problemas como esse e tantos outros", finaliza o especialista.
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