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Corpo Humano

Afinal, ingerir álcool corta o efeito do antibiótico?

A união de álcool e antibiótico não pode necessariamente anular o tratamento, mas há alguns riscos

A união de álcool e antibiótico não pode necessariamente anular o tratamento, mas há alguns riscos. - Imagem: Reprodução/Freepik
A união de álcool e antibiótico não pode necessariamente anular o tratamento, mas há alguns riscos. - Imagem: Reprodução/Freepik

Ana Rodrigues Publicado em 27/11/2023, às 11h34


Uma dúvida frequente que pode aparecer quando se está fazendo tratamento com antibióticos é se pode ou não ingerir bebidas alcoólicas, já que é um senso comum se pensar que o álcool corta os efeitos dos antibióticos, colocando o risco do resultado do tratamento.

De modo geral, a união de álcool e antibiótico não pode necessariamente anular o tratamento, mas há sim alguns riscos.

Segundo o VivaBem, não é bem assim que acontece. Não tem como afirmar que a bebida alcóolica corta o efeito do remédio. Porém, a ingestão de antibiótico combinada com álcool pode ter reações e efeitos adversos. O que acontece é que, tanto o álcool, quanto o medicamento, é metabolizado no fígado e consumir os dois ao mesmo tempo, pode acabar sobrecarregando o órgão.

O fato do álcool ser diurético também acaba influenciando na concentração do medicamento no corpo. Fora que, o álcool é uma substância por si só irritante ao sistema gastrointestinal, portanto, recomenda-se um bom senso com relação à quantidade. 

Um consumo moderado dificilmente irá trazer problemas.

O consumo moderado não tem um padrão, depende do perfil da pessoa, levando em conta seu metabolismo e histórico médico. A quantidade que é considerada "uso social" ou "moderada" é de duas taças de vinho, duas latas de cerveja ou uma dose de bebida destilada. Essas quantidades não provocam alteração no efeito da maioria dos antibióticos.

Uma outra dica, é distanciar o consumo de duas substâncias.

Há algumas classes de antibióticos que são contraindicadas para ingerir simultaneamente com o álcool, entre elas o metronidazol, o cloranfenicol, o tinidazol, o furazolidona e as sulfonamidas (sulfas), já que podem causar reações graves e muito desagradáveis - como palpitações, rubor, dor de cabeça latejante, náuseas, dificuldade para respirar, vômitos, suor, sede, dor no tórax, hiperventilação, fraqueza, vertigem, taquicardia, hipotensão, síncope, visão turva e confusão mental.

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