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GeoInfra: sistema inédito acompanha obras nas ruas de São Paulo em tempo real

Atualmente, estão sendo acompanhados o recapeamento de 67 trechos, espalhados por toda a cidade

O sistema inédito possibilitou analisar a qualidade das vias e identificar o asfalto da cidade de maneira digital pela primeira vez - Imagem: reprodução Instagram @prefsp
O sistema inédito possibilitou analisar a qualidade das vias e identificar o asfalto da cidade de maneira digital pela primeira vez - Imagem: reprodução Instagram @prefsp

Vitória Tedeschi Publicado em 30/09/2023, às 08h48


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Atualmente, no maior programa de recapeamento de vias já registrado na história da cidade, 67 trechos estão sendo revitalizados, abrangendo uma área de 1,5 milhão de metros quadrados. Segundo a Prefeitura de São Paulo, somando as áreas já concluídas, em execução e as contratadas, o programa ultrapassou 9,9 milhões de metros quadrados. Desde o dia 20 de junho de 2022, data que marca o início das obras, já foram 379 trechos finalizados.

Vale citar que todas as previsões de entrega foram cumpridas pela Prefeitura no tempo de execução estimado, que foi em uma média de 90 dias, ou seja, tempo menor do que o esperado em grandes avenidas.

No entanto, entre tantas obras acontecendo ao mesmo tempo, como fiscalizar e fazer esse monitoramento em tempo real por toda a cidade de São Paulo? A resposta da prefeitura foi mais uma tecnologia inédita, o GeoInfra.

Desenvolvido pela Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB), em parceria com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), e concessionárias como Comgás, Sabesp, Enel, entre outras, o sistema digital é capaz de monitorar e fiscalizar trabalhos das concessionárias no pavimento e calçadas da capital. Todas as 379 obras passaram pelo sistema desde o início do recapeamento na capital.

Implantado em 2019, além de ser uma ferramenta para usada pela própria Prefeitura, o sistema também disponibiliza todas as informações no portal GeoSampa, que tem livre acesso para toda a população. Para acessar, basta clicar neste link: geosampa.prefeitura.sp.gov.br.

Antes feitos em longos arquivos de papel, agora, pela primeira vez, é possível acompanhar o andamento dos serviços executados em ruas e avenidas como a troca de rede de água, energia, gás, telefonia, internet e claro, todas as obras de recapeamento. Com o GeoInfra, o cidadão tem acesso, em tempo real, ao tipo de trabalho, status do processo e empresa responsável pela ação em qualquer via da capital.

Além de serem acompanhados e promoverem uma grande transparência por parte da Prefeitura de São Paulo, o sistema ajuda a consolidar todas as informações em um só lugar sobre os processos de infraestrutura na capital de forma digital e mais inteligente.

Assim, inclusive, é possível garantir maior rapidez e assertividade na gestão de todos os outros serviços que podem ser afetados pelas obras, como por exemplo, a mobilidade urbana. Com um sistema que mostra em tempo real todos os serviços que acontecem na capital, é possível antecipar e organizar novos trajetos de veículos, realocar pontos de ônibus etc.

Como utilizar o GeoInfra?

Para visualizar as informações do GeoInfra, acesse o "Portal GeoSampa", clique em “Camadas”, no menu à direita da tela, depois em "Infraestrutura Urbana". Selecione a opção “GeoInfra – Controle de uso de vias públicas (Obras)” e todas as intervenções estarão disponíveis na tela.

Para acessar serviços específicos, clique no ícone “i”, no canto superior esquerdo da tela, e escolha a obra desejada. Ao utilizar a ferramenta “Pesquisar”, também ao lado esquerdo, é possível encontrar o endereço de interesse. Quando o status estiver azul, significa que a obra ainda está em andamento, quando cinza, a intervenção já foi finalizada.

O GeoSampa reúne dados georreferenciados, que é o processo de atribuir coordenadas geográficas a objetos ou dados vinculando essas informações a um sistema de coordenadas, sobre cerca de 300 temas (camadas) de interesse à cidade.

Conheça mais sobre a plataforma:

Como esse mapeamento é feito?

Quando o assunto é o monitoramento das obras de recapeamento, pode surgir a dúvida de como os locais são escolhidos para receberem esse tratamento. Ou seja, como é feito o mapeamento das áreas que precisam desse cuidado?

Por isso, é importante citar que entre os critérios considerados para a escolha de cada uma das vias, estão o volume de tráfego e a deterioração do pavimento existente, demanda de transporte coletivo sobre pneus, histórico de operação de conservação de pavimentos viários, além de outras demandas repassadas pela própria comunidade.

Para diagnosticar as condições e os problemas nas vias de uma cidade que tem duas vezes o tamanho de Nova York e onde cabem sete Buenos Aires em quilômetros quadrados, foi preciso o uso de uma tecnologia avançada capaz de monitorar em tempo real as condições de toda a malha viária da capital, antes mesmo do início dos serviços.

O Sistema Gaia, que também foi implantado em 2019 pela Secretaria Municipal das Subprefeituras, finalmente, elevou São Paulo a outro nível digital e trouxe exatamente o que o maior Programa de Recapeamento da cidade precisava.

São Paulo tem 17 mil quilômetros de vias e 196 milhões de metros quadrados com o asfalto em condições diferentes, e em toda a sua extensão, o Gaia identifica a qualidade do pavimento pela ondulação do asfalto e classifica o estado da via entre ótimo, bom, regular, ruim e péssimo.

A partir disso é que cada via paulistana consegue receber o olhar necessário e, depois, o recapeamento que precisa, economizando recursos públicos de maneira eficiente. Desenvolvido em parceria com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, o sistema, que usa literalmente os amortecedores de carros como "caçadores de buracos", tem 108 veículos, dentre táxis e carros de transporte por aplicativo, que trazem um sensor no amortecedor, conectado a uma espécie de "caixa preta", instalada sob o banco do motorista.

Além disso, uma câmera instalada no retrovisor faz o serviço de identificar o local percorrido pelo carro. A deformação do pavimento é imediatamente registrada numa central de requisições dentro da Secretaria das Subprefeituras da capital. Toda vez que a ondulação da via faz o carro trepidar, o solavanco é mapeado e classificado.

De acordo com a Secretaria das Subprefeituras, os motoristas colaboradores recebem uma ajuda de custo em torno de R$500 e esse monitoramento permite acompanhar as condições do asfalto em tempo real.

De maneira complementar ao monitoramento feito por taxistas e motoristas de aplicativo, trechos de asfalto em más condições são analisados por um equipamento chamado de PavScan. Como o nome sugere, trata-se de um scanner de pavimento. O dispositivo utiliza câmeras de alta resolução e feixes de raios laser, gerando imagens em três dimensões.

Com essas imagens é possível analisar o grau do desgaste do asfalto para definir qual é a intervenção necessária e o respectivo orçamento.

Além dele, também faz parte do Sistema Gaiaum outro equipamento, chamado FWD – Falling Weight Deflectometer (Defletômetro de Afundamento de Asfalto), ferramenta responsável por identificar a necessidade de reparos profundos, que se soma ao diagnóstico para identificar se há necessidade de reparos profundos. Além do PavScan, equipamento que identifica o serviço que deverá ser realizado de acordo com o grau do desgaste.

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Este conteúdo foi feito em parceria com a Prefeitura de São Paulo. Para conferir a série de publicações sobre os principais temas da cidade, que teve início na quinta-feira (28), acesse o PDF do Diário de S.Paulo impresso - clicando neste link.

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