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Prefeitura de SP avança com asfalto na cidade, no maior recapeamento de todos os tempos

O programa, que começou em junho de 2022, já ultrapassou 9,9 milhões de metros quadrados renovados pela capital

Av. Educador Paulo Freire - Zona Leste - Foto: Paulo Guereta / SECOM - Secretaria de Comunicação Social
Av. Educador Paulo Freire - Zona Leste - Foto: Paulo Guereta / SECOM - Secretaria de Comunicação Social

Vitória Tedeschi Publicado em 27/09/2023, às 20h00


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Mais segurança para os pedestres no dia a dia, menos riscos de acidentes para os motoristas e até mesmo a geração de mais de 3 mil novos empregos diretos. Estes são alguns dos benefícios do maior programa de asfalto do Brasil, realizado pela Prefeitura de São Paulo.

A administração já ultrapassou a marca de 9,9 milhões de metros quadrados de asfalto novo em pontos na cidade toda, desde o início do programa, em 20 junho de 2022.

O recapeamento asfáltico é um procedimento realizado em superfícies onde se encontra o asfalto deteriorado, como estradas, ruas e rodovias, com o objetivo de recuperar sua funcionalidade e aparência.

No entanto, diferentemente do recapeamento mais popular, o procedimento adotado pela prefeitura não é apenas uma troca do asfalto superficial. Trata-se, na verdade, de uma restauração completa. O foco está em cuidar integralmente das vias, visando a realização de reparos profundos e duradouros, começando do seu interior para o exterior.

No momento, existem 67 trechos sendo recapados desta maneira inédita em São Paulo, o que totaliza uma área de 1,5 milhão de metros quadrados. Somando as áreas já concluídas, em execução e as contratadas, o programa ultrapassou 9,9 milhões de metros quadrados.

Desde o início, os 379 trechos finalizados correspondem a cerca de 8,4 milhões de metros quadrados, que foram 100% finalizadas ou na data, ou antes do prazo previsto, em uma média de 90 dias.

No fim do projeto – somado a outras iniciativas relacionadas às vias – a meta da Prefeitura é recuperar 20 milhões de metros quadrados de trechos prejudicados, devolvendo de maneira apropriada e segura para a população, o que representa 10% das vias da cidade.

Mapeamento inédito

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O PavScan, ou scanner de pavimento moderno, é responsável por sinalizar o tipo de serviço que será realizado / Imagem: reprodução Prefeitura de São Paulo

Entre os critérios considerados para a escolha das vias a serem recapeadas estão o volume de tráfego e a deterioração do pavimento existente, demanda de transporte coletivo e histórico de operação de conservação de pavimentos viários, além de outras demandas repassadas pela própria comunidade.

No entanto, como fazer esse mapeamento de maneira precisa em uma cidade que tem duas vezes o tamanho de Nova York e onde cabem sete Buenos Aires em quilômetros quadrados?

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O FWD - Falling Weight Deflectometer (Defletômetro de Afundamento de Asfalto) se soma ao diagnóstico para identificar se há necessidade de reparos profundos ou não / Imagem: reprodução Prefeitura de São Paulo

A pergunta foi respondida pela Prefeitura com o inédito Sistema Gaia. Se até 2017 não havia o cadastro detalhado sobre a condição da malha viária da capital, o novo sistema, implantado em 2019 pela Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB), finalmente, colocou São Paulo na era digital, com o levantamento em tempo real das condições de todas as vias da capital.

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O Gaia foi eleito pelo Smart city Business Brazil Congress (SCB-BR) como uma das melhores soluções tecnológicas / Imagem: reprodução Prefeitura de São Paulo

A grande importância desse levantamento aparece agora, no maior Programa de Recapeamento da história da cidade. São Paulo tem 17 mil quilômetros de vias e 196 milhões de metros quadrados com o asfalto em condições diferentes, e que precisam de olhares diferentes.

Por isso, o Gaia se destaca ao identificar a qualidade do pavimento pela ondulação individual de cada área asfaltada e classifica o estado das vias entre ótimo, bom, regular, ruim e péssimo.

A partir disso é que cada via paulistana recebe o status adequado e, depois, o recapeamento que precisa, otimizando recursos. Neste mapeamento do Gaia, é utilizado o PavScan, um scanner de pavimento moderno, responsável por sinalizar o tipo de serviço que será realizado, de acordo com o grau do desgaste. E o FWD - Falling Weight Deflectometer (Defletômetro de Afundamento de Asfalto), que se soma ao diagnóstico para identificar se há necessidade de reparos profundos ou não.

Sistema Gaia

Eleito pelo Smart city Business Brazil Congress (SCB-BR) como uma das melhores soluções tecnológicas, o Gaia, implantado em 2019 pela Secretaria Municipal das Subprefeituras, permitiu investimentos mais precisos e economia na manutenção das vias de São Paulo. Com dados atualizados constantemente, o sistema monitora 42.307 vias, 12.598 bocas de leão, 188.881 bocas de lobo e 226.544 poços de visita.

Atualmente, mais de 100 veículos, sendo taxistas e motoristas de aplicativos como o Uber, percorrem a cidade levando o Gaia acoplado à suspensão de seus carros. Esses condutores recebem um incentivo mensal de aproximadamente R$500 para auxiliar no abastecimento de seus carros, em contrapartida, ajudam a melhorar o asfalto da cidade, de onde retiram o sustento das suas famílias.

Antes, esse serviço era realizado manualmente por funcionários que anotavam informações sobre o pavimento com caneta e prancheta. Agora, tudo é automatizado, e conta também com uma câmera instalada no retrovisor interno que identifica todos os elementos relevantes nas vias percorridas pelo carro.

Na tela do celular, o motorista consegue acompanhar todo monitoramento, que parece uma espécie de eletrocardiograma. A deformação do pavimento é imediatamente registrada em uma central de requisições dentro da SMSUB e toda vez que a ondulação faz o carro balançar, o solavanco é mapeado e classificado pelo aparelho.

Essa supervisão inédita facilita a realização de recapeamentos exclusivos nas vias que mais necessitam. Com base nos dados coletados, é possível antecipar as principais ações, selecionar os equipamentos adequados para as intervenções e escolher o tipo de material ideal para o serviço, a fim de aumentar a durabilidade do asfalto e atrasar seu desgaste natural.

Além do Sistema Gaia, o recapeamento inédito de São Paulo conta também com o GeoInfra. Lançado em novembro de 2019 e desenvolvido pela Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB), em parceria com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o sistema monitora a realização de todas as obras de concessionárias na malha viária, nas calçadas, no subterrâneo e nas redes aéreas.

Isso garante mais controle sobre os serviços de recapeamento, pois, além da localização, há identificação do responsável pelos buracos abertos anualmente na cidade. Tudo isso gera investimento eficaz, otimização de material e recursos, além de qualidade nos serviços.

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Todas as 379 obras passaram pelo GeoInfra desde o início do recapeamento na capital, em 20 de junho de 2022 / Imagem:
reprodução GeoInfra

Benefícios para o cidadão

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Imagem: Recape Prefeitura de São Paulo

Assim como o principal objetivo da Prefeitura de São Paulo, o projeto em questão busca melhorar diretamente a vida de cada cidadão. O recapeamento impacta positivamente na mobilidade urbana, já que aumenta a qualidade das ruas e facilita o tráfego de pessoas e veículos.

Isso enfatiza que o serviço prestado vai muito além da simples manutenção da superfície asfaltada. Na verdade, trata-se de uma restauração completa das vias, com o objetivo de efetuar reparos profundos e duradouros. Motoristas também são impactados ao trafegarem por vias melhores.

Desse modo, o projeto que cuida dos asfaltos da cidade mostra que vai muito além do que apenas cuidar das ruas, mas sim da própria população, já que afeta diferentes áreas da sociedade e visa aumentar como um todo a qualidade de vida da população de São Paulo.

Sustentabilidade

Além de todos os benefícios para a segurança e qualidade de vida no dia a dia da população, o programa de recapeamento ainda tem o grande diferencial que é o cuidado e a preocupação com o meio ambiente.

Em todos os serviços realizados na cidade, a questão ambiental foi levada em consideração. O material asfáltico resultante da fresagem de pavimentos asfálticos, o RAP (Pavimento de Asfalto Reciclado), é, como o nome já diz, reciclado para ser reutilizado nas vias em serviços de conservação e manutenção da malha viária.

Além disso, o grande diferencial é que os materiais reciclados, como resíduos de asfalto, guias, sarjetas e concretos, substituem a utilização de Brita Graduada Tratada com Cimento (BGTC).

Uma das vantagens deste material é a qualidade superior e os cuidados utilizados durante sua aplicação, que garantem maior durabilidade ao recapeamento. São usados materiais diferenciados das aplicações executadas em anos anteriores, como revestimentos (capa asfáltica) com mistura asfáltica tipo SMA – Stone Matrix Asphalt com polímero e fibra.

Essa mistura sustentável é amplamente utilizada na Europa, em países como Alemanha, Suécia e também a Inglaterra, e apresenta vantagens como alta resistência à deformação permanente e à fadiga, maior vida útil e resistência à derrapagem.

Em suma, com o uso da SMA, é possível ter uma menor retirada de brita do meio ambiente e maior economia de recursos aos cofres públicos. O processo de reciclagem, que não gera contaminação ambiental, é também certificado com o Selo Verde concedido pelo Instituto Chico Mendes.

Além disso, como mais um símbolo de seu compromisso ambiental, o programa ainda atendeu ao mais ambicioso pacto global pelo planeta: a Agenda 2030, que conta com uma série de metas definidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) para que as cidades tenham uma agenda de sustentabilidade até o ano em questão.

O recape sustentável atende essa agenda da ONU por usar a inteligência artificial e a tecnologia (sensores, câmeras de alta resolução, scanners, informações adquiridas por feixes de laser, equipamentos capazes de analisar o que está embaixo do asfalto) para minimizar os impactos no planeta.

Com isso, fica claro que a Prefeitura de São Paulo tem representado uma revolução no jeito de fazer as coisas, de olho em um mundo melhor e respeitando o planeta. Além de focar em um projeto que beneficia todas as regiões da cidade.

Vale citar, que o serviço acontece à noite para não prejudicar o trânsito. Os recapeamentos acontecem, preferencialmente, depois das 23h, segundo a pasta, e não pararam nenhum dia desde junho de 2022, com frentes de trabalho simultâneas para uma São Paulo melhor.

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Este conteúdo foi feito em parceria com a Prefeitura de São Paulo. Para conferir a série de publicações sobre os principais temas da cidade, que começa nesta quinta-feira (28), acesse o PDF do Diário de S.Paulo impresso - clicando neste link.

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