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Adicional do Bolsa Família

Valor adicional de R$ 150 do Bolsa Família já possui 8,9 milhões de crianças de 0 a 6 anos

A informação foi divulgada pelo site oficial do governo nesta segunda-feira (20)

O principal ponto do novo Bolsa Família, chamado de Benefício Primeira Infância, prevê o pagamento de um adicional de R$ 150 por cada criança entre 0 e 6 anos - Imagem: reprodução/Twitter @melanieamapabr
O principal ponto do novo Bolsa Família, chamado de Benefício Primeira Infância, prevê o pagamento de um adicional de R$ 150 por cada criança entre 0 e 6 anos - Imagem: reprodução/Twitter @melanieamapabr

Thais Bueno Publicado em 20/03/2023, às 19h33


O principal ponto do novo Bolsa Família, chamado de Benefício Primeira Infância, prevê o pagamento de um adicional de R$ 150 por cada criança entre 0 e 6 anos.

De acordo com o site oficial do governo, 8,9 milhões de crianças que estão nessa faixa etária receberão o dinheiro já neste mês, um investimento de R$ 1,33 bilhão para os cofres públicos. Vale mencionar também que 335 mil pessoas integraram o programa durante os últimos 20 dias deste mês.

O Nordeste do Brasil é a região que possui o maior número de crianças que recebem o Benefício Primeira Infância neste mês.

No total, são 3,62 milhões, sendo que quatro estados acabam tendo mais de 500 mil crianças que terão direito ao benefício de R$ 150: Bahia (878.491), Pernambuco (584.651), Ceará (560.914) e Maranhão (558.171). 

O Sudeste, por sua vez, é a segunda região da lista, com 2,7 milhões de crianças dessa faixa etária na base de dados do programa de transferência. Três dos quatro estados da região têm, inclusive, mais de 500 mil: São Paulo (1.188.534), Minas Gerais (712.685) e Rio de Janeiro (654.113).

No Norte, tratam-se de 1,2 milhão de crianças, com uma maior ênfase no estado do Pará, que sozinho possui 613 mil. Na Região Sul, existem outras 733 mil crianças e, por fim, no Centro-Oeste, 628 mil irão receber o adicional.

Caso formos pegar os estados que possuem mais beneficiados pelo Benefício Primeira Infância, São Paulo larga na frente com 1,18 milhão. Bahia (878 mil), Minas Gerais (712 mil), Rio de Janeiro (654 mil) e Pará (613 mil) vêm logo atrás.

Hoje, existem mais de 21,1 milhões de beneficiários do Bolsa Família e o valor médio recebido por eles no mês de março bateu recorde, se tornando o maior da história: R$ 670,33. O investimento total foi de R$ 14 milhões.

Faz muita diferença

Natural de Pernambuco, Maria José Silva de Freitas, de 41 anos de idade, é mãe solteira de quatro filhos e desempregada. Atualmente, mora no Distrito Federal há mais de duas décadas. Ela explicou como o programa a ajudou:

"Com essa ajuda, posso comprar comida e remédio para os meninos. O Bolsa Família é a renda fixa que tenho. Completo com bicos, em geral pegando roupa dos outros para lavar em casa quando aparece o serviço", detalhou.

Gabriele, filha mais nova de Maria José, tem apenas 3 anos e possui anemia. De acordo com ela, o significativo aumento de R$ 600 para R$ 750 no repasse mensal irá ser de grande ajuda para organizar melhor o tratamento. 

"Ela está tomando remédio desde o ano passado. Alimentação aqui em casa é o que dá. Não tem como escolher. É difícil. No posto falaram para dar verdura, fruta, mas nem sempre consigo. A mudança vai ajudar bastante. Posso agora deixar o remedinho dela comprado, sem ficar caçando alguém para me ajudar".

Ana Cláudia das Neves, de 48 anos, é dona de casa no estado do Paraná. Ela também passa por muitos problemas para sustentar os quatro filhos e o marido em uma casinha simples que fica na periferia de Foz do Iguaçu. 

Segundo explicado por ela, no momento, a princial fonte de renda da família é um benefício do INSS, por conta de um de seus filhos que possui transtornos mentais e, junto dele, o dinheiro do Bolsa Família, o qual ela destina principalmente para as duas filhas, de um e quatro anos de idade. 

As duas garotinhas foram adotadas de uma sobrinha, que é dependente química, e precisam de atendimento médico constante. A mais velha é autista, nasceu prematura e não fala uma palavra. A mais nova, por sua vez, sofre com bronquiolite

Ela sempre ficava devendo dinheiro para a farmácia e, com o crescente aumento do valor do benefício, espera que isso não aconteça mais.

"Vai ajudar muito porque sei que não vou mais dormir preocupada sem saber o que fazer para pagar a farmácia ou comprar uma coisa que as meninas pedem. O Bolsa Família para mim significa isso".

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