A viagem de Lula a Pequim, a visita do chanceler de Putin a Brasília e as declarações do ex-presidente brasileiro sobre a Guerra da Ucrânia têm deixado o governo dos Estados Unidos preocupado e desconfiado
Marina Roveda Publicado em 23/04/2023, às 15h52
A ida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)à China e suas recentes declarações sobre o conflito na Ucrânia têm causado descontentamento nos Estados Unidose na União Europeia, que acusam o Brasil de se posicionar ao lado dos russos. Essa aproximação com outros membros do Brics coloca o país no centro da disputa entre Washington e Pequim pela hegemonia mundial, aumentando a tensão geopolítica. A suposta lealdade de Brasília à China tem estressado os americanos, que veem o Brasil como um possível aliado de seu principal inimigo, colocando em risco a segurança do país. Pequim ganha uma posição no "quintal" dos EUA, o que preocupa autoridades americanas.
Vinícius Rodrigues Vieira, professor-adjunto em economia e relações internacionais na Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), explica que o Brasil é considerado um "estado pivô" na política internacional, não sendo uma grande potência, mas também não sendo irrelevante para ser ignorado. Ele destaca que as questões envolvendo o Brasil e outros países da América Latina têm relação com a segurança dos EUA, pois afetam a posição da China na região, que é vista como o "quintal" dos EUA.
Vieira acredita que foi o presidente Lula que colocou o Brasil no centro da disputa entre EUA e China, buscando ampliar o status internacional do país após um período em que foi visto como um pária durante o governo anterior. No entanto, ele observa que Lula tem ido de um extremo a outro em questões que não dizem respeito diretamente ao Brasil, referindo-se às declarações do ex-presidente sobre a guerra na Ucrânia. Lulaafirmou que Washington incentiva o conflito e que o presidente ucraniano é tão culpado quanto Putin. Essas declarações são vistas como desastrosas e reduzem a percepção de neutralidade que o governo brasileiro busca sinalizar.
O professor também destaca que esse posicionamento vai contra o que o Brasil historicamente defende e elimina a chance de Lula ser um mediador neutro no conflito, e até mesmo conquistar o prêmio Nobel da Paz. Lula chegou a apresentar um projeto de paz quando a guerra completou um ano, mas sozinho o Brasil não tem capacidade de fazer com que Rússia e Ucrâniaconversem. Será necessário o apoio de aliados de ambos os lados, como China e França, que já demonstrou não estar totalmente alinhada com os EUA. A situação coloca o Brasil em uma posição delicada na disputa entre EUA e China, com consequências geopolíticas ainda incertas.
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