Diário de São Paulo
Siga-nos
Trégua

Rússia analisa proposta de paz criada por Lula para guerra na Ucrânia

A informação foi passada pelo vice-ministro das Relações Exteriores russo

Rússia analisa proposta de paz criada por Lula para guerra na Ucrânia - Imagem: Agência Brasil
Rússia analisa proposta de paz criada por Lula para guerra na Ucrânia - Imagem: Agência Brasil

Nathalia Jesus Publicado em 24/02/2023, às 08h28


Mikhail Galuzin, vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, afirmou na última quinta-feira (23) que a Rússia analisa uma proposta de paz criada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para cessar fogo na guerra contra a Ucrânia, iniciada há um ano.

“Tomamos nota das declarações do presidente do Brasil sobre o tema de uma possível mediação, a fim de encontrar caminhos políticos para evitar a escalada [da guerra] na Ucrânia”, informou Galuzin a Tass, agência estatal russa.

Na declaração, o vice-ministro ainda destacou a importância da visão do governo brasileiro em uma posição "neutra" do conflito. O diplomata também salientou que “a Rússia valoriza a posição de equilíbrio do Brasil na atual situação internacional” mesmo com a pressão dos Estados Unidos sobre o assunto.

Segundo apuração do Poder360, em janeiro, Lula negou o envio de munições para o exército ucraniano. Na ocasião, o presidente da República afirmou que “o Brasil não tem interesse em passar munições para que elas não sejam utilizadas na guerra”.

No dia 10 de fevereiro, em um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, Lula sugeriu a ideia de criar um grupo de países que possam ajudar a negociar o fim da guerra com as partes envolvidas.

Mesmo com a sugestão em análise, Galuzin afirmou que uma possível negociação de paz só será realizada caso a Ucrânia aceitar se render.

“Se o Ocidente e Kiev quiserem se sentar à mesa de negociações, devem primeiro parar de bombardear as cidades russas e depor as armas. Depois disso, será possível conduzir uma discussão com base em novas realidades geopolíticas”, finalizou.

Compartilhe  

últimas notícias