Empresa fabricante de ivermectina e parceiros são condenados por divulgar uso de remédios contra a Covid
Marina Roveda Publicado em 26/05/2023, às 08h13
A Justiça Federal do Rio Grande do Sulemitiu uma sentença condenando defensores do chamado "tratamento precoce" contra a Covid-19 a pagar indenizações no valor de R$ 55 milhões por danos morais coletivos e à saúde. A decisão, divulgada pelo Ministério Público Federal(MPF) nesta quinta-feira, representa um marco no combate à disseminação de informações falsas relacionadas à pandemia.
Segundo a denúncia apresentada, os acusados divulgaram um material publicitário intitulado "Manifesto Pela Vida", assinado pelo grupo denominado "Médicos do Tratamento Precoce Brasil". Nesse material, eles promoviam o consumo de medicamentos como hidroxicloroquina e ivermectina, que foram amplamente divulgados como parte do chamado "kit covid".
No entanto, estudos científicos comprovaram a ineficácia desses medicamentos no combate à Covid-19. A denúncia destacou que a publicidade não informava adequadamente sobre os possíveis efeitos adversos dos remédios e estimulava a automedicação, o que representa um perigo para a saúde pública.
A Justiça Federal condenou em duas ações a Médicos Pela Vida (Associação Dignidade Médica de Pernambuco) e as empresas Vitamedic Indústria Farmacêutica, Centro Educacional Alves Faria (Unialfa) e o Grupo José Alves (GJA Participações). A decisão representa um importante passo no combate à disseminação de informações enganosas e na proteção da saúde da população.
Essa condenação reforça a importância de seguir as orientações científicas e confiar em medidas comprovadamente eficazes no combate à Covid-19, como a vacinação em massa e as medidas de prevenção, como o uso de máscaras e o distanciamento social.
As investigações e a condenação dos envolvidos evidenciam a necessidade de combater a desinformação e promover uma abordagem baseada em evidências científicas no enfrentamento da pandemia, a fim de garantir a segurança e o bem-estar da população. A Justiça Federalsegue atuando de forma rigorosa para responsabilizar aqueles que propagam informações falsas e colocam em risco a saúde coletiva.
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